Embora exerça o cargo desde setembro do ano passado, toma passe em caráter forma nesta quarta-feira (12), às 10h, na Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema), a nova chefe-geral da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Cocais), Maria de Lourdes Mendonça Santos Brefin (no registro recebendo condecOração pela sua atuação como pesquisadora). A cerimônia terá a presença do presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Antônio Lopes.
A atual gestora foi aprovada em processo seletivo público pela Diretoria Executiva da Empresa para um mandato de três anos prorrogável por igual período.
Da programação consta a assinatura de Acordo de Cooperação Técnica entre a Embrapa e o Governo do Estado para transferência de tecnologia em cultivos biofortificados. O programa de biofortificação brasileiro (Rede BioFORT), cujo objetivo é o fortalecimento da segurança alimentar e nutricional, é coordenado na Embrapa Agroindústria de Alimentos pela pesquisadora Marilia Nutti, e, no Maranhão, estão envolvidas nas ações a Embrapa Cocais e a Embrapa Meio-Norte.
As atividades técnicas e de gestão serão executadas em instalações da Secretaria de Agricultura Familiar do Maranhão (SAF-MA), com o apoio das entidades vinculadas Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e de Extensão Rural do Maranhão (Agerp) e Instituto de Colonização e Terras do Maranhão (Iterma). No estado, a iniciativa vai garantir também incentivos para que os pequenos agricultores aumentem a produção agrícola. Na cerimônia de posse, serão oferecidos, para degustação, produtos da pesquisa da Embrapa e alimentos biofortificados.
BioFORT – O programa de biofortificação brasileiro (Rede BioFORT) é coordenado pela Embrapa, tendo como principal objetivo o fortalecimento da segurança nutricional em regiões e comunidades mais necessitadas do país. Por meio de melhoramento convencional, cultivares de arroz, feijão, batata-doce, mandioca, milho, feijão-caupi, abóbora e trigo são selecionadas e cruzadas, sem a adesão de técnicas transgênicas, para a geração de variedades contendo maiores teores de pró-vitamina A, ferro e zinco, combatendo assim a deficiência de micronutrientes no organismo humano, a popular fome oculta, que dentre as doenças provocadas, estão a anemia e a cegueira noturna.
Ações realizadas – A nova gestão da Embrapa Cocais adotou ações voltadas para a rediscussão do foco da Unidade e de sua atuação, bem como das cadeias priorizadas e a atualização da Agenda de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação – PD&I e Transferência de Tecnologia – TT para o curto e médio prazos e para a ampliação das parcerias que incluem: Unidades da Embrapa, Governo Estadual, Municipal e suas Secretarias, instituições de ensino, pesquisa e extensão, sindicatos rurais, empresas privadas e demais segmentos sociais. E, ainda, ações de indução de novos projetos de pesquisa para o atendimento de demandas prioritárias das principais cadeias produtivas da região. As ações de TT terão forte vertente associada às políticas públicas e aos programas de governo.
Sobre a Embrapa Cocais – Para minimizar o ‘vazio institucional’ existente em áreas de expansão da fronteira agrícola onde se verifica alta demanda por conhecimentos e solução de problemas para enfrentar os novos desafios tecnológicos advindos da evolução da produção agrícola, do avanço da fronteira do conhecimento e das novas políticas públicas, criou-se a Embrapa Cocais e Planícies Inundáveis no final de 2009. Desde sua criação, a Unidade tem realizado trabalhos com foco em pesquisa e desenvolvimento e transferência de tecnologia em temas relacionados a diversas cadeias produtivas, especialmente no estado do Maranhão, e abordando diferentes públicos e demandas. A Unidade possui Campo Experimental em Arari-MA, com área de 8 hectares, e uma Unidade de Execução de Pesquisa (UEP) em Balsas-MA.