Nove em cada 10 brasileiros afirmam que ter uma indústria forte deve ser prioridade para o país, mostra pesquisa da CNI

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População considera a indústria um setor importante para o crescimento econômico nacional. Nos últimos seis anos, a percepção de importância da indústria aumentou 

A pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira: indústria brasileira na visão da população, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com 2002 pessoas, ouvidas entre 05 e 08 de dezembro de 2020, mostra que nove em cada dez brasileiros concordam totalmente ou em parte que ter uma indústria forte deve ser prioridade para o país. E outro dado aponta a mesma conclusão: para 84% dos entrevistados, “ter uma indústria fraca é ruim para a população do país”.

A percepção de 97% da população é que, para a economia do Brasil crescer, é necessário que a indústria também cresça e 94% concordam totalmente ou em parte que o Brasil precisa investir mais em sua indústria. De acordo com o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade a pesquisa reflete o sentimento da população sobre uma realidade: não existe país forte sem indústria forte.

“O Brasil precisa fortalecer o setor industrial, para que ele seja cada vez mais dinâmico e competitivo, ajudando a superar a mais grave crise sanitária, econômica e social que já vivenciamos”, afirma Robson Braga de Andrade.

Praticamente a totalidade dos brasileiros considera a indústria importante para o desenvolvimento econômico. Entre os entrevistados, 98% acreditam que a indústria é importante ou muito importante para a criação de empregos, 96% acreditam que a indústria é importante para o crescimento econômico, 95% para a melhoria do padrão de vida e 93% para a inovação.

A indústria foi eleita pela população, em conjunto com a agropecuária, como os setores mais importantes para o crescimento econômico do Brasil. A indústria foi escolhida como o setor mais importante por 24% dos brasileiros, enquanto a agricultura foi mencionada por 22%.

Emprego na indústria: 80% dos brasileiros encorajariam filho a trabalhar no setor 

Oito em cada 10 brasileiros concordam totalmente ou em parte com a afirmativa: “eu encorajaria meu filho (a) a buscar uma carreira na indústria”. Esse dado é seis pontos percentuais superior às respostas da pesquisa anterior feita em 2014, quando 74% responderam positivamente à essa pergunta.

Além disso, 60% da população concordam totalmente ou em parte que os empregos na indústria são mais gratificantes, 55% avaliam que a indústria paga melhores salários do que nos demais setores e 52% afirmam que os trabalhadores da indústria são mais qualificados.

O presidente da CNI ressalta que o poder de alavancagem da indústria também é incomparável: cada R$ 1 produzido pelo setor resulta em um aumento de R$ 2,40 no PIB. Na agropecuária, o resultado é R$ 1,66. “Nossa indústria também paga os melhores salários. Trabalhadores industriais com ensino superior completo ganham 31,8% a mais do que a média nacional, contribuindo de forma expressiva para o aumento da renda per capita dos brasileiros”, conclui Robson Andrade.

Custo elevado – Apesar da importância que dão à indústria, 60% da população avalia que a indústria está desaparecendo e para 85%, a indústria enfrenta custos elevados. Ainda assim, dois em cada três brasileiros consideram a indústria brasileira moderna e capaz de concorrer com as indústrias de outros países.

Mais de 80% da população entendem que o aumento das exportações da indústria gera mais empregos no Brasil e 94% concordam que o Brasil precisa investir mais na indústria.

Nessa mesma linha de raciocínio, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), Edilson Baldez das Neves, reforça que não vê desenvolvimento econômico que não passe por uma indústria dinâmica e com elevado poder de competitividade, que lhe dê destaque no cenário macroeconômico.

Situando a realidade do Maranhão, Edilson chama a atenção para os seguintes dados:

  • A Indústria responde por 18,5% do PIB estadual (mais que o dobro do setor agropecuário);
  • 62,7% de todas as exportações do estado são de produtos manufaturados;
  • Contribui com R$ 1,2 bilhão da arrecadação estadual de ICMS, o que representa 30% do total anual (2019);

Além disso, é o setor que melhor remunera o trabalho, comparativamente a outras atividades. Esse perfil seria ainda muito melhor se os custos de produção e a carga tributária fossem menos onerosos”, arremata Edilson Baldez.

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