Em nota divulgada nesta quarta-feira (06), o Partido dos Trabalhadores rechaça as informações prestadas por Antonio Palocci (ex-ministro nos governos Lula e Dilma), que seriam “mais uma tentativa de incriminar o ex-presidente Lula sem apresentação de provas”. O PT diz que o ex-presidente, nos últimos anos, teve sua vida devassada sem que houvesse sido encontrado qualquer vestígio de enriquecimento pessoal que manchasse sua biografia.
Leia a nota:
O Partido dos Trabalhadores rechaça as informações prestadas pelo ex-ministro Antonio Palocci à 13ª Vara Federal de Curitiba nesta quarta-feira (06). O depoimento se soma a outras tentativas da Força Tarefa da Lava Jatode tentar incriminar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sem apresentação de provas, baseadas apenas em delações sem valor legal. Fica cada vez mais claro o caráter de perseguição política movida por setores daJustiça contra o PT.
Palocci já havia prestado depoimento, em maio desse ano, e negado todas as acusações, repetindo a estratégia de outros acusadores como Delcídio do Amaral e Léo Pinheiro, que voltaram atrás em seus depoimentos buscando a diminuição de suas penas, depois de permanecerem presos por um longo tempo.
Mais uma vez, chama a atenção que essas acusações sejam feitas às vésperas de um novo depoimento de Lula ao juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba. O PT se solidariza com o ex-presidente Lula, que nos últimos anos teve sua vida devassada sem que houvesse sido encontrado qualquer vestígio de enriquecimento pessoal que manchasse sua biografia. O cerco a Lula se dá em um momento em que ele lidera todas as pesquisas de opinião para as eleições de 2018 e após o êxito de sua caravana pelo Nordeste.
Defesa – A defesa do ex-presidente também divulgou nota na qual lembra que Palocci é condenado em outros processos pelo juiz Sérgio Moro, e que tenta se defender sem o compromisso de dizer a verdade. Leia abaixo:
A história que Antonio Palocci conta é contraditória com outros depoimentos de testemunhas, réus, delatores da Odebrecht e provas e que só se compreende dentro da situação de um homem preso e condenado em outros processos pelo juiz Sérgio Moroque busca negociar com o Ministério Público e o próprio juiz Moro um acordo de delação premiada que exige que se justifique acusações falsas e sem provas contra o ex-presidente Lula.
Palocci repete o papel de réu que não só desiste de se defender como, sem o compromisso de dizer a verdade, valida as acusações do Ministério Público para obter redução de pena e que no processo do tríplex foi de Léo Pinheiro.
A acusação do Ministério Público fala que o terreno teria sido comprado com recursos desviados de contratos da Petrobrás, e só por envolver Petrobrás o caso é julgado no Paraná por Sérgio Moro. Não há nada no processo ou no depoimento de Palocci que confirme isso. Sobre a tal “planilha”, mesmo Palocci diz que era um controle interno do Marcelo Odebrecht e que “acha” que se refere a ele. Ou seja, nem Palocci conhecia a tal planilha, quanto mais Lula.
Palocci falou de uma série de reuniões onde não estava e de outras onde não haveriam testemunhas de suas conversas. Todas falas sem provas.Marcelo por sua vez diz ter pedido que seu pai contasse para Lula e Emílio negou ter contado isso para Lula.
O réu Glauco da Costa Marques reafirmou em depoimento ser o proprietário do imóvel vizinho ao da residência do ex-presidente e ter contrato de aluguel com a família do ex-presidente, e que está recebendo o aluguel. Uma relação de locador e locatário não se confunde com propriedade oculta.
Processos fora da devida jurisdição com juiz de notória parcialidade, sentenças que não apontam nem ato decorrupção nem benefício recebido, negociações secretas de delação com réus presos que mudam versões de depoimento em busca de acordos com o juízo explicitam cada vez mais que os processos contra o ex-presidente Lula na Operação Lava Jato em Curitiba não obedecem o devido processo legal.
O Instituto Lula reafirma que jamais solicitou ou recebeu qualquer terreno da empresa Odebrecht e jamais teve qualquer outra sede que não o sobrado onde funciona no bairro do Ipiranga em residência adquirida em 1991.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirma que jamais cometeu qualquer ilícito nem antes, nem durante, nem depois de exercer dois mandatos de presidente da República eleito pela população brasileira.
(Com dados e imagens do PT)