PCdoB anuncia que haverá muita luta e resistência contra Jair Bolsonaro

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O líder da bancada do PCdoB na Câmara Federal, Orlando Silva (SP), ao fazer uma projeção sobre o Brasil a partir do próximo ano, disse que “2018 encerra, definitivamente, o ciclo democrático aberto com a primeira eleição de Lula, em 2002. Segundo ele, o período de conquistas e mais garantias de direitos sociais teve seu primeiro golpe em 2016, com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e “de lá para cá, o país vem se aprofundando numa agenda ultraliberal, que promete ter seu ápice na gestão Bolsonaro”.

Para ele, em 2019 haverá muita luta e resistência. “Bolsonaro sinaliza para uma linha econômica ultraliberal, que deve privatizar tudo o que conseguir, restringir os direitos do nosso povo, reduzir o papel do Estado, o que é complicado para um país com as caraterísticas do Brasil, onde o Estado tem um papel indutor para o desenvolvimento nacional”, acrescenta.

Já a vice-líder da bancada, Alice Portugal (BA), prevê um “período sombrio”. Alice lembrou que o Bolsonaro fez uma campanha baseada nas chamadas fake news e com sua “inexperiência de gestão poderá levar o país a um grande desastre”.

A parlamentar acredita que a saída é “o povo estar de prontidão para defender seus direitos”. “A luta será renhida, será cotidiana, pois a bancada que vem trazida pelo governo eleito tem ligação com todos os setores que elegeram o capitão. Será um embate cotidiano e vamos transformar a Minoria na Casa na maioria nas ruas para não termos a redução de direitos do nosso povo”, afirma.

Reformas – Apesar do cenário desfavorável, a vice-líder da Minoria na Câmara, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), lembrou de duas importantes conquistas de 2018, que podem refletir na próxima gestão. As derrotas da Reforma da Previdência – que foi deixada de lado pelo governo Temer logo no início do ano por falta de apoio e enterrada com a intervenção federal no Rio de Janeiro – e da chamada Escola Sem Partido – pauta defendida amplamente por Jair Bolsonaro e seus aliados e que foi arquivada no final deste ano após muita obstrução feita pela Oposição.

Para a parlamentar, essas vitórias podem indicar dificuldade para Bolsonaro no início de sua gestão. O futuro presidente vem defendendo a aprovação ainda no primeiro semestre de uma Reforma da Previdência, mas pode enfrentar resistência até de seus aliados.

Já no campo trabalhista, as perspectivas não são tão otimistas. Defensor da reforma feita por Temer e que completou um ano de vigência em novembro de 2018, Bolsonaro promete aprofundar os retrocessos para os trabalhadores.

(Com dados do Portal Vermelho)

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