Pesquisa apurou ainda percepção sobre governadores e prefeitos
A 148ª Pesquisa CNT de Opinião, realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) em parceria com o Instituto MDA, de 18 a 20 de fevereiro de 2021 e divulgada nesta segunda-feira (22), mostra os índices de aprovação do governo e pessoal do
presidente Jair Bolsonaro caíram na comparação com outubro. A pesquisa também apresenta as principais qualidades e defeitos do presidente da República na opinião dos brasileiros.
O levantamento, realizado em todo o Brasil, indica a percepção dos entrevistados em relação a vacinação contra a Covid-19; retorno presencial de aulas nas escolas; volta do pagamento do auxílio emergencial; eleições das mesas diretoras do Congresso Nacional; e relacionamento do presidente Jair Bolsonaro com a imprensa.
Foram realizadas 2.002 entrevistas presenciais, em 137 municípios de 25 Unidades da
Federação. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. Confira os números:
Governo do presidente Jair Bolsonaro:
- Avaliação negativa (ruim + péssimo): 35,5%
- Avaliação positiva (ótimo + bom): 32,9%
- Avaliação regular: 30,2%
- Não souberam opinar ou não responderam: 1,4%
Desempenho pessoal do presidente Jair Bolsonaro:
- Desaprovação: 51,4%
- Aprovação: 43,5%
- Não souberam opinar ou não responderam: 5,1%
Na pesquisa de outubro do ano passado foram obtidos os seguintes números:
- Avaliação positiva (ótimo + bom): 41,2%
- Avaliação regular: 30,3%
- Avaliação negativa (ruim + péssimo): 27,2%
- Não souberam opinar ou não responderam: 1,3%
- Desempenho pessoal do presidente Jair Bolsonaro: 52,0% aprovam, 43,2 desaprovam e 4,8% não responderam.
O MDA quis saber também a avaliação dos entrevistados sobre o governador do seu estado e do prefeito de sua cidade:
Governador
- Regular: 32,4%
- Bom: 26,3%
- Péssimo: 19,8%
- Ruim: 10,7%
- Ótimo: 6,0%
Prefeito
- Bom: 30,8%
- Regular: 25,5%
- Ótimo: 11,3%
- Péssimo: 10,4%
- Ruim: 6,6%
Expectativa para os próximos seis meses:
- Emprego: vai melhorar: 28,1%; vai piorar: 40,0%; vai ficar igual: 30,3%
- Renda mensal: vai melhorar: 22,7%; vai piorar: 24,0%; vai ficar igual: 51,0%
- Saúde: vai melhorar: 30,8%; vai piorar: 38,3%; vai ficar igual: 29,5%
- Educação: vai melhorar: 25,7%; vai piorar: 33,8%; vai ficar igual: 39,2%
- Segurança pública: vai melhorar: 22,6%; vai piorar: 30,6%; vai ficar igual: 45,3%
Principais qualidades do presidente Jair Bolsonaro:
- Sincero (29,3%), honesto (11,3%), inteligente (8,4%), sempre busca o bem para
o país (5,0%), justo (4,2%), trabalhador (3,7%), cuida dos pobres (1,3%). Para 33,3%,
não tem nenhuma qualidade.
Principais defeitos do presidente:
- Mal-educado (20,1%), despreparado (17,6%), autoritário (16,6%), exagera na briga com a imprensa (16,0%), agressivo (10,9%), está preocupado apenas com a reeleição (3,2%), desonesto (3,1%). Para 9,6%, não tem nenhum defeito.
Sobre a atuação dos governos federal e estaduais no enfrentamento da Covid-19, eis as percepções do entrevistas:
- 54,3% dos entrevistados aprovam a atuação do governo federal no combate à
pandemia da Covid-19 (coronavírus), enquanto 42,0% desaprovam. - 59,6% dos entrevistados aprovam a atuação do governo estadual no combate à
pandemia da Covid-19 (coronavírus), enquanto 36,2% desaprovam. - 36,5% avaliam a atuação do Ministério da Saúde no combate à pandemia da
Covid-19 como regular; 30,9%, boa; 11,6%, ruim; 11,3%, péssima; e 6,8%,
ótima. - 34,2% avaliam a atuação do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no combate
à pandemia da Covid-19 como regular; 23,2%, boa; 14,5%, péssima; 12,5%
ruim; e 4,9%, ótima.
Sobre o grau de responsabilidade do presidente Jair Bolsonaro em relação ao número de mortes em decorrência da Covid-19:
- 49,7% afirmam que ele não tem culpa nenhuma; 36,4% consideram que ele é um dos culpados, mas não o principal; e, para 11,5%, ele é o principal culpado.
- Para 37,5% dos entrevistados, quem está fazendo mais pelo Brasil no combate
à pandemia da Covid-19 são as instituições de pesquisa (Butantan/Fiocruz), governadores (16,8%), presidente Jair Bolsonaro (16,6%), Ministério da Saúde (13,5%), prefeitos (4,9%) e outros (0,8%).
Sobre a atuação do governo federal em relação ao auxílio para a população
mais necessitada durante a pandemia da Covid-19,
- 41,0 avaliam como boa; 25,5%, ótima; 19,7% regular; 6,9% péssima; e 6,4% ruim.
No que se refere à atuação do governo federal em relação ao auxílio para os
empresários durante a pandemia da covid-19:
- 28,3% dos brasileiros consideram boa; 21,2% regular; 14,1% péssima; 12,6% ruim; e 8,5% ótima.
- Já 29,8% dos entrevistados afirmam que a atuação do governo federal em
relação ao esforço para compra/produção e distribuição das vacinas durante a
pandemia da Covid-19 é boa; 28,1%, regular; 16,5%, péssima; 14,7% ruim; e
7,8%, ótima. - 31,5% avaliam a atuação do governo federal em relação ao esforço para
redução do contágio e disseminação da Covid-19 como regular; 26,5%, boa;
17,0%, ruim; 17,0%, péssima; e 6,0%, ótima. - Em relação à liberação de recursos para governos estaduais atuarem no
controle da Covid-19, 31,4% dos brasileiros consideram a atuação do governo
federal regular; 31,0%, boa; 12,5%, ruim; 8,8% péssima; e 8,3%, ótima.
Vacinação
- 62,8% dos entrevistados afirmam que serão vacinados, quando chegar a sua
vez, qualquer que seja o fabricante da vacina; 16,7% declaram que não se
vacinarão; 9,5% declaram que se vacinarão somente se for a
Coronavac/Butantan; 3,8% declaram que se vacinarão somente se for a
Astrazeneca/Oxford/Fiocruz; e 3,2% afirmam que já foram vacinados. - Para 32,2%, dos entrevistados, a vacina estará disponível para ser aplicada de
agosto a dezembro. - Para 14,2%, de maio a julho; 5,4% acreditam que estará
disponível em março; 5,4%, em abril; e 1,8%, em fevereiro. Para 25,5%,
somente de 2022 em diante. - 29,2% concordam com a permissão da Anvisa para uso emergencial de vacinas
contra a Covid-19 sem que tenham sido realizados testes no Brasil; e 25,6%
discordam. - Para 24,5% dos brasileiros, o principal responsável pela chegada de vacinas
contra Covid-19 no Brasil é o presidente Jair Bolsonaro; já 21,6% acreditam que
o principal responsável é o governador de São Paulo, João Doria. 21,5%
consideram que nenhum dos dois tem responsabilidade e 21,2% acreditam que
ambos têm responsabilidade. - 59,6% discordam da possibilidade de empresas privadas comprarem vacinas para aplicar em quem esteja disposto a pagar por ela, pois todos devem seguir a fila de prioridades; 38,3% concordam, pois pode reduzir as filas nos sistemas públicos de saúde.
- Já 65,1% concordam com a possibilidade de empresas privadas comprarem vacinas para imunização de funcionários contra a Covid-19, pois pode reduzir as filas nos sistemas públicos de saúde; 33,1% discordam, pois todos devem seguir a fila de prioridades.
- Na avaliação de 33,6% dos entrevistados, a distribuição e aplicação de vacinas contra Covid-19 em seu município é regular.
Reabertura das escolas
- 36,0% possuem filhos em idade escolar (6 a 18 anos). Desses, 71,8% não se
sentem seguros em enviar o filho para a escola; e 27,1% se sentem seguros.
Economia - 70,2% afirmam que auxílio emergencial deveria ser retomado em 2021 com o
mesmo valor; 16,6% consideram que o benefício deveria ser retomado em 2021
com valor mais baixo; para 12,2%, o auxílio não deveria continuar em 2021.
Sobre quando a economia será retomada no Brasil, 36,8% acham que somente
em 2022.
- Para 34,5%, apenas de 2023 em diante; 10,5% acreditam que será no
2º Semestre de 2021; e 3,4% acham que será no 1º Semestre de 2021. Para 5,0%,
não será retomada. - 22,1% dos entrevistados pediram algum dinheiro emprestado em 2020 ou no
início de 2021 por causa da pandemia; e 53,8% afirmam que terão dificuldade
para pagar.
Um ano da pandemia de Covid-19
46,0% da população avalia que atual duração da pandemia da Covid-19, em
comparação com o que esperava no início da pandemia em março de 2020, é
muito maior do que o esperado. Já em relação ao número de mortes, para 47,8%,
é muito maior do que o esperado.
Perguntados sobre a situação da economia do Brasil atual em comparação com
o início da pandemia em março de 2020,
- 44,5% acreditam que está pior do que o esperado
- 43,5% afirmam que a situação da sua renda mensal está igual ao esperado;
- 35,7% declaram que está pior do que o esperado.
Política
- 32,3% tiveram conhecimento da eleição para presidência e para as mesas
diretoras do Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal).
Desses, 45,3% acreditam que as novas presidências e as mesas diretoras do
Congresso vão ajudar o Brasil a avançar. - 59,8% da população brasileira é contra a privatização de empresas públicas. A
maior parte (30,1%) não gostaria que a Caixa Econômica Federal fosse
privatizada de jeito nenhum. Na sequência, aparecem Casa da Moeda (24,0%),
Banco do Brasil (23,1%) e Petrobrás (18,9%). - Já 64,2% gostariam que os Correios fossem privatizados. Em seguida, figuram
Petrobras (50,0%), Banco do Brasil (33,6%) e Eletrobras (31,5%).
Relacionamento do presidente Jair Bolsonaro com a imprensa - 64,7% dos brasileiros acreditam que o envolvimento em embates públicos do
presidente Jair Bolsonaro com a imprensa é ruim para o país. Nesse sentido, para
60,5%, Bolsonaro deveria buscar se aproximar mais da imprensa. - Para a maior parte dos entrevistados (25,7%), o veículo de comunicação em que
mais confia é a TV Globo. Na sequência, aparecem: Record TV (13,0%), SBT
(5,6%), Globo.com/G1 (3,7%), TV Band (3,1%) e Uol (2,9%).
Transporte - Entre os entrevistados que utilizam transporte púbico, 38,0% avaliam a situação
sua cidade piorou durante a pandemia. 75,2% afirmam não se sentirem seguros
ao utilizar meios de locomoção como ônibus ou metrô em relação ao contágio
da Covid-19. - 72,1% consideram importante o governo federal socorrer financeiramente as
empresas de transporte coletivo de passageiros a fim de que elas não encerrem
suas atividades por conta da crise da Covid-19.
Meio ambiente
- 42,5% dos entrevistados declaram que são muito interessados em proteger o
meio ambiente ou em causas ambientais. - 38,3% afirmam que pagariam às vezes um pouco mais por um produto ou serviço ambientalmente responsável.
- Para 55,0%, o Brasil é um país que não respeita o meio ambiente.
Decreto sobre compra e posse de armas de fogo:
- 68,2% dos brasileiros são contra as alterações realizadas na legislação que
flexibilizam o uso e a compra de armas de fogo e de munições no brasil. - 74,2% declaram que não têm posse e não têm interesse em passar a ter;
- 19,7% não têm posse, mas têm interesse em passar a ter;
- 3,7% declaram que têm posse de arma de fogo já aprovada;
- 1,6% têm pedido de posse de arma de fogo em andamento/análise.