Datafolha aponta que aprovação do presidente Lula caiu para 24%, pior índice nos três mandatos

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Números refletem crise que governo vem enfrentando

AQUILES EMIR

Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (14) pelo jornal Folha de São Paulo mostra que a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva caiu, em dois meses, de 35% para 24%, atingindo um nível inédito nas três passagens do petista pelo Palácio do Planalto. A reprovação também é recorde, subindo de 34% para 41%.

De acordo com o levantamento, os que acham o governo regular são 32%, ante 29% da pesquisa anterior, realizada no mês de dezembro do ano passado.

Foram ouvidos pelo Datafolha 2.007 eleitores em 113 cidades, de segunda (10) e na terça-feira (11) desta semana, com margem de erro geral de dois pontos para mais ou menos.

Impactos – Para o instituto a queda reflete o impacto de crises sucessivas pelas quais o governo vem passando, como a desconfiança sobre taxação do Pix, mas o presidente Lula preferiu atribuir o fiasco à sua comunicação e trocou a chefia do setor, promovendo o marqueteiro baiano Sidônio Palmeira para a vaga do petista Paulo Pimenta. Os problemas, contudo, continuam.

A inflação de alimentos é outro descontentamento, contudo o presidente preferiu contribuir mais com a crise, criando frases como aquela que sugeriu às pessoas pararem de comprar o que acham caro, a fim de força diminuição de preço. 

“Lula colheu a pior avaliação de sua vida como presidente. Antes, havia atingido 28% de ótimo e bom em outubro e dezembro de 2005, no auge da crise do mensalão, em seu primeiro mandato (2003-06). Já o maior índice de ruim e péssimo fora registrado em dezembro passado (34%)”, destaca  UOL.

Sucessão – A reportagem destaca que a pesquisa não fez nenhum especulação eleitoral, mas ela, com certeza, servirá de combustível para o debate surdo que se ouve nas hostes governistas acerca das chances de Lula em 2026.

O próprio presidente tem tentado sugerir cautela, dizendo que será candidato no ano que vem “se estiver legal de saúde”. Ele já escolheu uma linha argumentativa, repetida por seus ministros, para explicar a crise em que seu governo se encontra.

“Esse é o meu ano. Eu quero desmascarar essa quantidade de mentira que tem nas fake news, no celular, todo mundo mentindo para todo mundo”, disse em viagem à região Norte na semana passada, restando saber se isso será suficiente para inverter a curva ora desfavorável de sua aprovação.

(Com informações do UOL)

 

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