Pesquisa Fiema mostra indústria da construção em dificuldades no Maranhão

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Dados da Sondagem Indústria da Construção do Maranhão, realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), no período de 2 a 13 de janeiro de 2107 – indicam que os níveis de atividade e emprego no setor permaneceram em queda no mês de dezembro de 2016.

O indicador de nível de atividade ficou em 33,0 pontos. Já o índice de número de empregados apresentou recuo e atingiu 33,7 pontos. Valores abaixo de 50 pontos indicam queda da atividade e do emprego em relação ao mês anterior. Na região Nordeste, o nível de atividade na construção civil também manteve-se em queda e variou de 40,4 pontos para 38,7 pontos. Nacionalmente, o índice atingiu 38,7 pontos, com recuo de 1,7 pontos.

Segundo o estudo, no último trimestre de 2016, os indicadores de satisfação com a margem de lucro e com a situação financeira também apresentaram queda, o que indica insatisfação dos empresários maranhenses.

Na comparação com o trimestre anterior, o índice que mede a satisfação com a margem de lucro variou negativamente de 30,4 pontos para 26,6 pontos. Já o índice de situação financeira caiu de 31,5 pontos para 30,9 pontos. No Brasil, o índice de satisfação com a margem de lucro atingiu 31,7 pontos, enquanto o da satisfação com a situação financeira ficou em 36 pontos.

No Maranhão e no Brasil, o índice que mede a facilidade de acesso ao crédito ficou em 25 pontos no quarto trimestre, permanecendo abaixo dos 50 pontos, o que indica que os empresários da construção civil enfrentam dificuldades no acesso ao crédito.

A falta de capital de giro foi um dos principais problemas enfrentados pelas indústrias da construção civil do Maranhão, com 61,5% das assinalações dos empresários. Em segundo lugar ficou a elevada carga tributária, com 53,8%. Logo em seguida, ficaram as taxas de juros elevadas, falta de financiamento de longo prazo e demanda interna insuficiente, que foram escolhidos por 30,8% dos respondentes.

Os empresários também responderam sobre a utilização da capacidade operacional (UCO), que registrou aumento de 13 pontos percentuais na passagem de novembro para dezembro, atingindo 58% da capacidade utilizada.

Em dezembro, os indicadores de expectativas continuaram abaixo dos 50 pontos. As expectativas para os próximos seis meses para o nível de atividade e para o número de empregados apresentaram queda, e atingiram 41,3 pontos e 39,1 pontos, respectivamente. Já as expectativas em relação à compra de matérias-primas e para os novos empreendimentos registraram 44,9 pontos e 43,5 pontos, respectivamente.

Participaram da pesquisa da FIEMA construtoras de edifícios, empresas de serviços e de obras de infraestrutura.

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