A Polícia Federal prendeu na manhã deste sábado (03) do suplente de deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), que foi flagrado carregando uma mala com R$ 500 mil, que seria objeto de propina paga pelo dono da JBS, Joasley Batista, por ter intermediado uma negociação para compra de gás para atender uma termelétrica do Grupo J&F.
Na quinta-feira (1º), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão preventiva do ex-deputado, que foi um dos principais investigados na Operação Patmos, baseada na delação premiada da JBS. O pedido foi feito após o ex-ministro da Justiça Osmar Serraglio voltar para o cargo de deputado federal. Com o retorno, Loures, que era suplente de Serraglio, perdeu o foro privilegiado.
No seus argumentos, Janot afirma que a prisão de Loures é “imprescindível para a garantia da ordem pública e da instrução criminal”. O procurador justifica que há no inquérito aberto pelo Supremo escutas telefônicas e outras provas que demonstram que Loures atuou para obstruir as investigações da Operação Lava Jato.
A decisão sobre o pedido de prisão foi avaliada pelo ministro Edson Fachin, relator da delação da JBS no Supremo Tribunal Federal, que autorizou.
A Procuradoria-Geral da República havia feito, no dia 18 de maio, um pedido de prisão preventiva de Rocha Loures quando ele era deputado federal. No mesmo dia, Fachin negou o pedido, mas afastou o parlamentar do cargo, mantendo suas prerrogativas, como o foro privilegiado.