Polícia vai ouvir prisioneiros e policiais para esclarecer morte de detento em Pedrinhas

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O delegado Luigi Conde, do 12º Distrito Policial, localizado no Maracanã, vai tomar novos depoimentos a fim de obter mais informações sobre o homicídio ocorrido dentro da Unidade de Ressocialização de São Luís, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, onde o detento Alan Kardec Dias Mota foi assassinado, domingo (07),pelo também detento Johnathan de Sousa Silva, que cumpre pena naquela unidade prisional pelo assassinato do jornalista Décio Sá, ocorrido em 2012.

De acordo com informações prestadas pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), Alan Kardec foi morto com perfurações de chuço quando estava no banho de sol. Ele e Johnathan teriam se desentendido e após uma acirrada discussão o primeiro, que seria um dos líderes da facção criminosa Bonde dos 40 foi atingido várias vezes no peito. Alan ainda foi levado ao Hospital Socorrão 2, onde faleceu.

No seu depoimento, o autor do homicídio disse que praticou o ato em legítima defesa, já que vinha sendo ameaçado de morte, mas a polícia quer ouvir depoimento tanto de outros prisioneiros quanto de policiais para saber mais detalhes.

“Nos próximos dez dias de investigação, tempo em que deverá demorar o inquérito policial, vamos ouvir outros detentos que participavam da rotina da vítima, servidores penitenciários e também familiares, se preciso for”, disse o delegado Conde.

“A princípio, uma desavença teria motivado o crime, mas precisamos desses novos elementos para definir o caso. A situação do autor não muda, pois o mesmo já é interno do sistema prisional”, explicou.

Johnathan de Sousa Silva, que já foi condenado a 25 anos de prisão pelo assassinato do jornalista Décio Sá, em 2012, prestou depoimento e foi inicialmente indiciado por homicídio qualificado, que é quando a vítima não tem chance de defesa.

Ocorrência – A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) registrou a ocorrência do assassinato de Alan Kardec Dias Mota por volta das 7h30 de domingo (7). O crime ocorreu durante o banho de sol.

Socorrido imediatamente pela equipe de segurança da UPSL 4, Alan Kardec foi levado ao Hospital Municipal Dr. Clementino Moura (Socorrão II), mas faleceu no fim da tarde.

Assim como Johnathan, Alan Kardec não se enquadrava mais em nenhuma organização criminosa e, por isso, estava separado entre os detentos considerados neutros

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