Aos 56 anos, morreu na manhã deste sábado (14), em Teresópolis, no Rio de Janeiro, o advogado e ex-deputado Gustavo Bebianno, que foi coordenador da campanha de Jair Bolsonaro e o primeiro a deixar sua equipe, onde exerceu o cargo de secretário geral da Presidência. Bebiano era pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro, projeto que tinha o apoio dos governadores Wilson Witzel (Rio de Janeiro) e João Doria (São Paulo).
De acordo com o presidente estadual do PSDB no Rio de Janeiro, Paulo Marinho, por volta de 4h30, Bebiano comunicou ao filho que estava passando mal e se dirigiu ao banheiro para ingerir um remédio. Minutos depois, sofreu uma queda e teve ferimentos na cabeça. Bebianno estava em seu sítio em Teresópolis junto com um caseiro e seu filho.
Ele ainda chegou a ser levado para uma unidade hospitalar da cidade, mas não resistiu.

Bebianno era considerado um dos homens de confiança de Bolsonaro. Ele foi um dos coordenadores da campanha eleitoral do presidente, costurou o acordo que levou Bolsonaro ao PSL e presidiu a legenda durante a corrida eleitoral de 2018. Após a eleição, Bebianno deixou o posto e foi escolhido para assumir a Secretaria-Geral da Presidência, um dos ministérios com gabinete no Palácio do Planalto.
Demissão – Bebianno deixou o governo do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ), em fevereiro de 2019, ou seja, ficou pouco mais de um mês na função. Sua demissão foi confirmada em meio a uma crise no governo que se originou com a suspeita de que o PSL, partido ao qual Bolsonaro e Bebianno eram filiados, teriam usado candidatura “laranja” nas eleições de 2018.
À época, o jornal Folha de S.Paulo noiticiou à época que, quando Bebianno presidia o PSL, o partido, repassou R$ 400 mil a uma candidata a deputada federal de Pernambuco. O repasse foi feito quatro dias antes das eleições, e ela recebeu 274 votos.
Bebianno negou as irregularidades, afirmando que não foi o responsável por escolher as candidatas que receberam dinheiro do partido. Isso porque, segundo ele, a decisão coube aos diretórios locais.
Após a reportagem, Bebianno negou em entrevista ao jornal “O Globo” que fosse o pivô de uma crise dentro do governo e acrescentou que, somente naquele dia, havia falado com o presidente por três vezes. Na ocasião, Bolsonaro ainda estava internado em razão de uma cirurgia.
Após a publicação da entrevista, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) usou uma rede social para dizer que Bebianno mentiu ao dizer que havia falado com o presidente. Carlos, e depois o próprio Bolsonaro, chegaram a divulgar um áudio no qual, segundo eles, o presidente diz a Bebianno que não podia falar com o então ministro.
(Com dados da revista Forum)
