Dilma não descarta disputar cadeira no Senado pelo Piauí

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Com legenda negada pelo seu próprio partido, o PT, no Rio Grande do Sul, onde reside, e em Minas Gerais, onde nasceu, a ex-presidente Dilma Rousseff, que pretende voltar à vida pública com um mandato de senadora, não descarta seguir o mesmo receituário do ex-presidente José Sarney (PMDB), que em 1990, após ficar sem legenda no Maranhão, correu para o Amapá. Ela admite a possibilidade de concorrer pelo Piauí, que é governado pelo “companheiro” Wellington Dias.

A informação é do Blog do Josias, assinado no portal UOL pelo jornalista Josias de Sousa. Segundo ele, numa conversa recente, Dilma admitiu candidatar-se ao Senado em 2018. “Só não soube dizer por qual Estado. Mora no Rio Grande do Sul e nasceu em Minas Gerais. Mas discutiu a sério a hipótese de disputar a vaga de senadora pelo Piauí, Estado governado pelo petista Wellington Dias”, frisa o jornalista.

Segundo Josias, esta não é a primeira investida de Dilma no Piauí, pois tratou disso há cerca de cinco meses, provocando um grande desassossego entre os petistas do estado, pois certamente inviabilizaria a candidatura de outro petista, por isto o governador teria negado estar negociando com a ex-presidente a transferência do seu domicílio eleitoral de Porto Alegre para Teresina. 

Josias de Sousa diz que no Rio Grande do Sul, o PT, que já escolheu o senador Paulo Paim como candidato à reeleição, negou espaço para a ex-presidente, e ela não cogita também investir em Minas Gerais, onde talvez tivesse que enfrentar Aécio Neves, que não descarta buscar a reeleição, ou seja, só restaria a ela “pedir votos à clientela do Bolsa Família no Piauí”. 

Ainda de acordo com o blog, em 2012 Dilma participou da mal sucedida campanha do petista Patrus Ananias à prefeitura de Belo Horizonte. Aécio a fustigou, dizendo que os eleitores mineiros conheciam melhor a sua capital do que “qualquer estrangeiro.” Tratada como forasteira, Dilma reagiu: ”Nasci aqui em Belo Horizonte, no hospital São Lucas. Saí daqui para lutar contra a ditadura, e não para ir à praia. […] Aqui na minha veia corre o sangue de Minas Gerais, por isso sou presidente de todos os brasileiros.”

A alusão à “praia” não foi gratuita. O mineiro Aécio é conhecido pelo apreço que devota ao Rio de Janeiro.

Segundo Josias, a disputa entre Dilma e Aécio poderia ser animada, pois ela tem um inquérito na fila da Lava Jato para lhe tirar a paciência e ele virou um colecionador de processos criminais, com nove no total.

“Uma eventual fuga para o Piauí não faria jus à fama de valentona de Dilma. Mal comparando, a intrépida presidente deposta ficaria muito parecida com José Sarney. Oligarca do Maranhão, Sarney elegeu-se senador pelo Amapá depois que deixou a Presidência da República”, diz Josias. Leia a notícia na íntegra aqui josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br

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