Orlando Silva defende Flávio Dino para sucessor de Jair Bolsonaro, mas governador prefere Lula

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Flávio Dino terá de afastar do PT de Lula se quiser apoio do PDT e do DEM na eleição de São Luís, segundo projeto de Ciro e Maia

Flávio Dino é apontado como presidenciável, mas ele aposta em Lula

AQUILES EMIR

O governador Flávio Dino (PCdoB) voltou a ter seu nome incluído no debate da eleição presidencial de 2022 nesta terça-feira (07), mas ele próprio se encarregou de minimizar o entusiasmo dos que defendem seu nome como opção da “esquerda” para suceder Jair Bolsonaro. De São Paulo, o deputado federal Orlando Silva, ex-ministro do Esporte de Lula e Dilma e agora candidato a prefeito da capital paulista, apontou o governador como bom nome para candidato, e do Maranhão, o governador preferiu transferir a bola para o ex-presidente Lula.

Lançado para suceder Bruno Covas na capital, Orlando Silva, entrevista pelo portal Congresso em Foco, foi indagado sobre a possibilidade de seu partido ter candidato em 2022, e falou com entusiasmo. “Agora temos Flávio Dino, que é um governador extraordinário, temos Manuela D’ávila, que é uma das principais lideranças do Brasil. Não teria explicação para muita gente o PCdoB não ter um candidato a presidente em 2022.

Flávio Dino, por sua vez, ao parabenizar o pronunciamento de Lula no YouTube pelo Dia da Independência do Brasil, defendeu o nome do ex-presidente para combater o “horror bolsonarista”. Segundo Dino à coluna Painel, da Folha de S.Paulo, Lula faria uma espécie de “transição política”, caso pudesse ser candidato.

“Defendo a sua candidatura como o melhor caminho para chegarmos a um novo contrato social. Ele faria uma espécie de transição política entre o horror bolsonarista e um outro momento, inclusive com projeção de novas lideranças”, disse, acrescentando que o petista apontou um caminho de união, distinguindo-se assim do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“Lula trouxe uma bandeira que acho central para nos diferenciarmos do bolsonarismo. Bolsonaro se alimenta de divisões e confrontações permanentes. Lula hoje apontou outro caminho: o do diálogo em busca de um novo contrato social. Desde 2013 o Brasil vive rupturas e sobressaltos em série. O resultado não é bom e, na minha avaliação, vai piorar. Bolsonaro não tem como oferecer estabilidade política e segurança jurídica, atributos essenciais para que a economia volte a crescer de modo sustentável”.

Em seu pronunciamento, Lula afirmou que o governo de Jair Bolsonaro “converteu o coronavírus em uma arma de destruição em massa” e subordinou o Brasil aos EUA “de maneira humilhante”.

Orlando Silva (político) – Wikipédia, a enciclopédia livre
Orlando Silva defende candidatura de Flávio Dino

Comunista – Orlando Silva, em entrevista ao Congresso em Foco disse que a eleição de 2018 representou uma ruptura no sistema político e por isso defende que o PCdoB assuma um maior protagonismo. Ele defende que em 2022 o partido tenha um nome próprio como candidato a presidente. Confira o trecho da entrevista:

O senhor defende que o PCdoB tenha candidato a presidente em 2022?

Eu considero fundamental que o PCdoB tenha candidato a presidente em 2022. Aliás, o ano de centenário do partido, partido que tem uma história importante, se confunde com a luta democrática no Brasil, um partido que durante muito tempo foi impedido de participar de eleições. Agora que temos alternativas, temos Flávio Dino que é um governador extraordinário, temos Manuela D’ávila, que é uma das principais lideranças do Brasil. Não teria explicação para muita gente o PCdoB não ter um candidato a presidente em 2022.

O senhor já foi ministro de Lula e é próximo de Ciro Gomes. Essa disputa interna na oposição a Bolsonaro é prejudicial para a construção de uma alternativa em 2022?

Acredito que precisamos lutar para construir uma alternativa ao bolsonarismo, Bolsonaro representa tudo de ruim que a política pode produzir, velhos métodos, velhas práticas, é um projeto ancorado em mentiras, usa fake news como método, tem uma política anti-povo, com políticas que afetam dramaticamente a vida dos trabalhadores, submete o Brasil interesses internacionais que não os da garantia da soberania do país. Eu considero o governo Bolsonaro um horror e vou trabalhar para que em 2022 a gente tenha uma frente ampla para derrotá-lo, espero que seja com Flávio Dino a frente, Manuela D’ávila a frente porque é muito importante a gente construir um pleno movimento em defesa da democracia.

O PCdoB pode não lançar candidato em prol dessa frente ampla?

Precisamos construir o movimento, o PCdoB deve oferecer seus nomes, colocar como alternativas, a fase atual é de construção, não de imposição de nomes, precisamos fazer um processo de construir uma unidade programática e a partir daí construir nomes que representem bem essa unidade programática.

O PT e o Lula são as grandes forças de oposição?

Eu prefiro não analisar o PT, tenho muitos amigos, muita admiração pelo presidente Lula, mas eu miro para frente, tenho defendido que o PCdoB olhe para a frente, um novo caminho.

(Com informações do Congresso em Foco e Bahia.ba)

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