“Se pesquisa valesse, Eliziane seria prefeita de São Luís”, diz senador

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AQUILES EMIR

Em menos de oito dias, três institutos de pesquisa de opinião pública – Datailha, Exata e Econométrica – divulgaram pesquisas que colocam o governador Flávio Dino (PCdoB) numa confortável posição com mais de 20 pontos à frente dos prováveis adversários. Por essas projeções, ele estaria eleito no primeiro turno.

Os números entusiasmam os governistas, mas os adversários, pelo menos publicamente, não demonstram preocupação. Primeiro porque duvidam das metodologias desses institutos e, segundo, porque acham que as intenções de voto vão aparecer quando as candidaturas estiverem postas, as alianças consolidadas e a campanha iniciada.

Sempre colocado nas últimas posições, com percentual abaixo de cinco pontos, o senador Roberto Rocha, que deve concorrer ao Palácio dos Leões pelo PSDB, diz que não liga para esses números. “Se pesquisa valesse, Eliziane Gama seria prefeita de São Luís”, diz ele, numa referência à deputada do PPS, que antes de começar a campanha de 2016 tinha mais de 50% das intenções de voto, mas acabou em terceiro quarto lugar.

Segundo Roberto Rocha, vai ganhar a eleição quem tiver o melhor conteúdo, isto é, as melhores propostas, e quanto a isto se julga preparado tanto para enfrentar os adversários quanto para governar o estado. Roberto Rocha acredita que sua atuação no Senado vai pesar para definição de votos.

Favoritismo – Já o deputado pelo MDB Hildo Rocha (foto ao lado) diz que a estratégia de Flávio Dino, com essas pesquisa, visa a não perder apoios e atrair outros políticos para seu projeto de reeleição, mas inflar números nem sempre dá bons resultados.

O parlamentar lembra que na campanha de 2006, alguns institutos davam à então senadora Roseana Sarney cerca de 70% dos votos, ou seja, não haveria a menor chance de não ganhar no primeiro turno, porém com o andar da campanha os adversários cresceram, ele murchou, a disputa foi para o segundo turno e Roseana perdeu para Jackson Lago (PDT).

O mesmo fenômeno deu-se em 2010, quando ela concorreu com Flávio Dino. Disputando a reeleição (retornou ao governo em 2009 após cassação de Jackson), Roseana tinha mais de 60% da preferência do eleitorado, porém por pouco venceu no primeiro turno.

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