Ponta da Madeira é o porto com maior movimento de cargas no país

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O Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (TMPM) é o maior porto do país em movimentação de carga, de acordo com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), que dá a liderança do terminal da Vale desde 2014. Ano passado, o TMPM foi responsável pelo embarque de 168 milhões de toneladas de minério de ferro, um acréscimo de 14% em relação ao ano anterior.

Para a empresa, esta é uma contribuição importante para o desenvolvimento do Maranhão e também do país. Em 2017, os impostos da Vale no estado contabilizaram R$ 208 milhões. Além disso, de tudo o que foi exportado pelo país neste mesmo período, 3,6% do total representa a contribuição do TMPM para a balança comercial brasileira (em divisas ou em USDólar).

“Eu costumo comentar que por trás de cada navio que se vê na baía de São Marcos, tem um profissional maranhense qualificado e capacitado que contribui efetivamente com o desenvolvimento do país”, comenta o gerente-executivo de operações portuárias, Roberto Di Biase.

Navios – Os navios vistos na orla são embarcações que chegam à Baía de São Marcos para atracar em um dos portos locais. Em uma situação rotineira, cerca de 15 daqueles navios tem como destino o TMPM. A fila dos navios evidencia uma operação portuária dinâmica, que requer um certo número de embarcações em prontidão para atracar, aproveitando ao máximo cada janela de maré, que no linguajar portuário significa que as manobras de atracação e desatracação ocorrem na maré baixa ou duas horas da maré alta.

A Vale conta hoje com três píeres e cinco berços de atracação. No TMPM atracam os maiores navios do mundo, com capacidade para carregar até 400 mil toneladas. O píer IV, por exemplo, tem uma das maiores profundidades entre os portos, com 24 metros (fora a variação da maré). Por sofrer grande incidência das correntes de marés, o píer conta com cabos de terra que auxiliam na amarração dos navios nos berços. O sistema permite às gigantescas embarcações operarem sem restrição.

Bastidores – O Centro de Operação Integrada (COI) da Vale recebe a demanda de movimentação de minério da área comercial da empresa. O COI faz as alocações de navios e informa à área de programação de embarque do porto, que planeja os navios alocados para os píeres, com as datas previstas para atracação, tempo de embarque, entre outras tarefas. Esse planejamento considera também as janelas de marés, pois os navios só podem realizar manobras de atracação e desatracação na baixamar (maré baixa) ou duas horas antes da preamar (maré alta).

Quando um navio chega à área de fundeio (de onde são avistados por quem está na praia), o comandante avisa à agencia de navegação responsável. A agência formaliza junto à equipe de programação da Vale que o navio chegou e começa a contar o tempo de espera do navio. A programação de embarque faz o acompanhamento dos navios liberados e atracados a cada janela de maré e gerencia a disponibilidade dos píeres em interface com as áreas de operação e manutenção do embarque.

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