
População de São Luís aumentou 2,30% em 12 anos
Em 1º de agosto de 2022, o Brasil tinha 203.062.512 habitantes. Desde 2010, quando foi realizado o Censo Demográfico anterior, a população do país cresceu 6,5%, ou 12.306.713 pessoas a mais. Isso resulta em uma taxa de crescimento anual de 0,52%, a menor já observada desde o início da série histórica iniciada em 1872, ano da primeira operação censitária do país.
Os dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que a população maranhense é de 6,775 milhões. Já a capital, São Luís, teve um aumento de 2,30% na sua população, que era de 1,014 milhão em 2010 e hoje é de 1,037 milhão.
Nos 150 anos que separam a primeira operação censitária da última, o Brasil aumentou a sua população em mais de 20 vezes: ao todo, um acréscimo de 193,1 milhões de habitantes. O maior crescimento, em números absolutos, foi registrado entre as décadas de 70 e 80, quando houve uma adição de 27,8 milhões de pessoas.
A série histórica do Censo mostra que a média anual de crescimento vem diminuindo desde a década de 60. “Em 2022, a taxa de crescimento anual foi reduzida para menos da metade do que era em 2010 (1,17%)”, afirma o coordenador técnico do Censo, Luciano Duarte.
O Sudeste continua sendo a região mais populosa do país, atingindo, em 2022, 84,8 milhões de habitantes. Esse contingente representava 41,8% da população brasileira. Já o Nordeste, onde viviam 54,6 milhões de pessoas, respondia por 26,9% dos habitantes do país. As duas regiões foram as que tiveram a menor taxa de crescimento anual desde o Censo 2010: enquanto a população do Nordeste registrou uma taxa crescimento anual de 0,24%, a do Sudeste foi de 0,45%.
Por outro lado, o Norte era a segunda região menos populosa, com 17,3 milhões de habitantes, representando 8,5% dos residentes do país. Essa participação da região vem crescendo sucessivamente nas últimas décadas. A taxa crescimento anual foi de 0,75%, a segunda maior entre as regiões, mas bem inferior àquela apresentada no período intercensitário anterior (2000/2010), quando esse percentual era de 2,09%. Isso significa que, embora a população continue aumentando, o ritmo de crescimento do número de habitantes do Norte é menor em relação à década anterior.
A taxa de crescimento anual do Norte, frente aos dados de 2010, só foi menor do que a do Centro-Oeste (1,23%), região que chegou a 16,3 milhões de habitantes, o menor contingente entre as regiões. Isso significa um aumento de 15,8% em 12 anos. O Sul, que concentrava 14,7% dos habitantes do país, aumentou seu contingente populacional em 9,3% no mesmo período, alcançando 29,9 milhões de pessoas
São Paulo segue sendo o estado mais populoso do país
Os primeiros resultados do Censo 2022 também apontaram que São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro seguem sendo os estados mais populosos do país. Juntos, os três concentravam 39,9% da população brasileira. São Paulo, o maior deles em termos de população, tinha 44,4 milhões de habitantes. Cerca de um quinto da população brasileira (21,8%) vivia no estado.
Roraima também continua sendo o estado menos populoso, com 636,3 mil habitantes, ainda que tenha apresentado a maior taxa de crescimento anual no período de 12 anos (2,92%). Na sequência, os estados com menor número de habitantes foram Amapá (733,5 mil) e Acre (830 mil).
Catorze estados e o Distrito Federal registraram taxas de crescimento anual acima da média nacional (0,52%) em 2022. Além de Roraima, que passou de uma população de 450.479 (2,92%) em 2010 para 636.303 em 2022, destacaram-se no crescimento populacional Santa Catarina (1,66%), Mato Grosso (1,57%), Goiás (1,35%), Amazonas (1,03%) e Acre (1,03%).
Entre os estados que menos cresceram (com variação de 0,1% ou menos) está o Rio de Janeiro (0,03%), o terceiro mais populoso do país. A população fluminense passou de 15,9 milhões, em 2010, para 16,1 milhões, em 2022. Os demais foram Alagoas (0,02%), Bahia (0,07%) e Rondônia (0,10%).
Municípios – Os vinte municípios mais populosos do país concentravam 22,1% do total da população e 17 deles são capitais. Os demais foram Guarulhos e Campinas, em São Paulo, e São Gonçalo, no Rio de Janeiro. A capital paulista aparece em primeiro lugar no ranking, com 11,5 milhões de habitantes, seguida do Rio de Janeiro (6,2 milhões) e Brasília (2,8 milhões).
Por outro lado, três municípios tinham menos de mil habitantes: Serra da Saudade, em Minas Gerais, com 833 pessoas, Borá, em São Paulo (907), e Anhanguera, em Goiás (924). Os 20 municípios com menos habitantes concentravam apenas 0,01% da população.
Municípios com as maiores populações | ||||
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UF | Município | População | Variação | |
2010 | 2022 | |||
SP | São Paulo | 11.253.503 | 11.451.245 | 1,80% |
RJ | Rio de Janeiro | 6.320.446 | 6.211.423 | -1,70% |
DF | Brasília | 2.570.160 | 2.817.068 | 9,60% |
CE | Fortaleza | 2.452.185 | 2.428.678 | -1,00% |
BA | Salvador | 2.675.656 | 2.418.005 | -9,60% |
MG | Belo Horizonte | 2.375.151 | 2.315.560 | -2,50% |
AM | Manaus | 1.802.014 | 2.063.547 | 14,50% |
PR | Curitiba | 1.751.907 | 1.773.733 | 1,20% |
PE | Recife | 1.537.704 | 1.488.920 | -3,20% |
GO | Goiânia | 1.302.001 | 1.437.237 | 10,40% |
RS | Porto Alegre | 1.409.351 | 1.332.570 | -5,40% |
PA | Belém | 1.393.399 | 1.303.389 | -6,50% |
SP | Guarulhos | 1.221.979 | 1.291.784 | 5,70% |
SP | Campinas | 1.080.113 | 1.138.309 | 5,40% |
MA | São Luís | 1.014.837 | 1.037.775 | 2,30% |
AL | Maceió | 932.748 | 957.916 | 2,70% |
MS | Campo Grande | 786.797 | 897.938 | 14,10% |
RJ | São Gonçalo | 999.728 | 896.744 | -10,30% |
PI | Teresina | 814.230 | 866.300 | 6,40% |
PB | João Pessoa | 723.515 | 833.932 | 15,30% |
Municípios com as menores populações | ||||
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UF | Município | População | Variação | |
2010 | 2022 | |||
MG | Serra da Saudade | 815 | 833 | 2,20% |
SP | Bora | 805 | 907 | 12,70% |
GO | Anhanguera | 1.020 | 924 | -9,40% |
MT | Araguainha | 1.096 | 1.010 | -7,80% |
SP | Nova Castilho | 1.125 | 1.062 | -5,60% |
MG | Cedro do Abaete | 1.210 | 1.081 | -10,70% |
RS | Andre da Rocha | 1.216 | 1.135 | -6,70% |
TO | Oliveira de Fátima | 1.037 | 1.164 | 12,20% |
RS | União da Serra | 1.487 | 1.170 | -21,30% |
MG | São Sebastião do Rio Preto | 1.613 | 1.259 | -21,90% |
RS | Coqueiro Baixo | 1.528 | 1.290 | -15,60% |
RS | Engenho Velho | 1.527 | 1.296 | -15,10% |
PI | Miguel Leão | 1.253 | 1.318 | 5,20% |
PR | Nova Aliança do Ivai | 1.431 | 1.323 | -7,50% |
PR | Jardim Olinda | 1.409 | 1.343 | -4,70% |
RS | Carlos Gomes | 1.607 | 1.368 | -14,90% |
RS | Tupanci do Sul | 1.573 | 1.374 | -12,70% |
SP | Uru | 1.251 | 1.387 | 10,90% |
GO | Lagoa Santa | 1.254 | 1.390 | 10,80% |
MG | Grupiara | 1.373 | 1.392 | 1,40% |
Concentrações urbanas – Em 2022, havia 124,1 milhões de pessoas vivendo em concentrações urbanas, que são arranjos populacionais ou municípios isolados com mais de 100 mil habitantes. Os arranjos populacionais são formados por municípios com forte integração, geralmente conurbados. Essa aglutinação de cidades forma unidades espaciais, como é o caso da capital paulista, núcleo de uma concentração urbana que reúne 37 municípios. Outros exemplos de concentrações do país são Belo Horizonte, em Minas Gerais (23), e Rio de Janeiro (21).
Comparado aos dados do Censo 2010, o aumento da população que vivia em concentrações urbanas foi de 9,2 milhões de pessoas, o que representa parte expressiva do crescimento do país. No país, são 185 concentrações urbanas e a maior parte delas (80) estava no Sudeste. Em seguida, aparecem Nordeste e Sul, com 37 cada. Na outra ponta estavam 4.218 municípios com menos de 25 mil habitantes. Cerca de 19,7% da população do país viviam neles.
Acesse os principais resultados, gráficos e mapas no hotsite Panorama do Censo 2022.
