Postos de combustíveis lacrados em São Luís por venda ilegal e suspeita de lavagem de dinheiro

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Dispositivo eletrônico é acionado para lesar clientes

AQUILES EMIR

Quatro postos de combustíveis, na Ilha de São Luís, todos pertencentes a uma mesma rede sediada na Bahia, dos chamados “postos dos baianos”, foram lacrados nesta quarta-feira (11) por suspeita de fraude na venda, principalmente, de gasolina, quando os clientes eram lesados por não estarem recebendo, no tanque, a quantidade indicada na bomba. A ação envolveu fiscais Instituto de Metrologia e Qualidade Industrial do Maranhão (Inmeq), Polícia Federal, Polícia Civil e outros órgãos.

Um dos postos fica localizado no bairro do Anil, atrás do posto de saúde, na Avenida Santos Dumont, próximo à antiga sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra); outro, nas proximidades da Estação Rodoviária, na Avenida dos Franceses, no bairro de Santo Antônio; um terceiro no bairro avenida principal do Araçagi, em Paço do Lumiar; e o quarto, na cidade de São José de Ribamar.

De acordo com as denúncias, esses postos são de pessoas alvo de investigação da Polícia Federal na Bahia. Todos eles pertenceriam a uma rede suspeita de desvio e lavagem de dinheiro, e que optaram pela revenda de combustíveis como um dos segmentos a serem explorados para dar aparência de legalidade. Postos teriam sido criados em diversas cidades do país.

De acordo com as informações, além do esquema de fraude nacional, esses postos roubavam seus clientes, utilizando um dispositivo eletrônico que era acionado para que a bomba indicasse uma quantidade de litros a ser vendida, porém enviava bem menos para o tanque do carro abastecido.

O acionamento era feito por controle remoto, a fim de não levantar nenhuma suspeita da fraude.

 

O Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Maranhão (Sindcombustíeis) não se pro nunciou oficialmente sobre, mas um de seus diretores disse que esse tipo de operação serve para tirar do mercado os que mancham uma atividade tão importante para o estado.

Infelizmente, em pouco tempo todos estarão funcionando novamente, com a desculpa de que corrigiram seus erros, pagaram suas multas, fecharam acordo de boas práticas etc, entretanto pouco tempo depois estarão novamente lesando o consumidor (com venda ilegal) e o poder público (com não recolhimento de tributos a altura de seus negócios) e exercendo concorrência desleal, atraindo clientes que não imaginam estarem pagando mais caro ao comprarem combustível por preço menor.

Já um empresário do ramo disse que o consumidor deve sempre desconfiar de preços muito abaixo da concorrência, pois não se concebe cobrar tão pouco por um produto cujo procedência é praticamente a mesma  levada a todos os postos.

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