Deputado fez questão de ressaltar que não faz oposição por fazer
AQUILES EMIR
Apesar de ser autor da indicação do novo secretário estadual de Esporte e Lazer, o Partido Progressista (PP) vai continuar fazendo oposição ao governador Flávio Dino (PCdoB) na Assembleia Legislativa. A informação é do deputado Wellington do Curso, seu único representante no parlamento estadual, para quem o acordo por esse cargo em nada modificará seu modo de atuar, dentro das suas prerrogativas de fiscal, legislador e representante da sociedade.
Wellington disse nesta quarta-feira (18) que tão logo foi anunciada a nomeação de Hewerton Rodrigues para o lugar de Márcio Jardim, ele e o deputado federal André Fufuca, que é presidente da Executiva Estadual, tiveram uma conversa, na qual ficou acertado que não haverá nenhuma interferência dos dirigentes da legenda na ação do parlamentar, que é um dos críticos mais contundentes do governo.
O deputado fez questão de ressaltar que não faz oposição por fazer, mas para mostrar o que está errado a fim de contribuir com o Governo do Estado a fim de que ele corrija essas distorções e passe a atuar mais do que fazer propaganda.
Ele fez questão de lembrar que votou em Flávio Dino em todas as eleições de que ele participou: em 2006 para deputado federal; em 2008, para prefeito de São Luís; em 2010, para governador; e em 2014, novamente para governador. Por isto mesmo, diz, que foi constrangedor ter que começar a apontar os seus erros como governante, assim que começou a detectar que muitas coisas que são ditas na propaganda oficial não correspondem com a realidade, ou seja, “eu pensava que era um governo para mudar e verifiquei que é igual aos anteriores”.
O parlamentar destacou ainda que com esse tipo de atuação talvez seja mais útil ao governo do que o posicionamento de muitos que votaram contra sua eleição e hoje se apresentam como aliados apenas para ficarem próximos do Palácio dos Leões. No seu entendimento, é capaz que muitos erros não sejam do conhecimento do governador e quando ele os aponta caberia a ele buscar a verdade da denúncia e cobrar soluções.
Indagado se o PP vai estar no palanque do governador na eleição de 2018, ele disse que prefere não opinar, pois quem deve se pronunciar sobre isto é o presidente da Executiva Estadual, mas, mesmo assim, frisou que tudo vai depender da conjuntura nacional, pois hoje ninguém sabe com quem será a composição do progressistas para a eleição presidencial, e com certeza para onde o partido for a decisão deve ser estendida a todos os estados.