IPCA entre os cinco menores das 16 regiões de pesquisa
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio deste ano, em São Luís,
registrou elevação de preços de 0,28%, ficando abaixo da média do Brasil como um todo,
que envolve 16 regiões de pesquisa: 0,47%. Houve uma desaceleração no
comportamento de subida de preços em relação ao mês anterior, abril2022, cujo
aumento tinha sido de 1,03%.
Em relação ao Brasil, houve, também, uma desaceleração na subida de preços, pois, em abril, o IPCA tinha sido de 1,06%.
Essa desaceleração dos preços em São Luís deu-se pela segunda vez, pois, em março, a
inflação tinha sido de 2,06%. Esse fenômeno da desaceleração de preços nos dois últimos
meses se deu também em nível de Brasil: março (1,62%), abril (1,06%), e maio
(0,47%).
Período | Brasil | São Luís |
Maio 2022 | 0,47% | 0,28% |
Março 2022 | 1,06% | 1,03% |
Maio 2021 | 0,83% | 1,10% |
Acumulado do ano | 4,78% | 5,35% |
Acumulado 12 meses | 11,73% | 11,97% |
O IPCA de São Luís ficou entre os cinco menores índices dentre as 16 regiões de pesquisa. As maiores variações de preço, em maio, foram detectadas nas regiões metropolitanas
(RM’s) de Fortaleza (CE) – 1,41% e de Salvador (BA), 1,29%. Em uma região de pesquisa, houve deflação: Vitória (ES), que foi de -0,08%, determinada pelo recuo de preços na energia elétrica (-10,48%) e subitens do grupo alimentação e bebidas, como o tomate (-
39,93%).
A última vez que tinha sido detectada uma deflação do IPCA em alguma região de pesquisa foi em janeiro/2022, ocorrida em Porto Alegre (-0,53%).
O centro da meta da inflação para o Brasil trabalhada pelas autoridades monetárias para
o ano de 2022 é de 3,5%, podendo variar 1,5 p.p. para baixo (2,0%) e 1,5 p.p. para cima (5,0%).
Observando o acumulado do IPCA no ano de 2022, de janeiro a maio, sete regiões já ultrapassaram o teto da meta, dentre elas o município de São Luís (5,35%). Apenas uma região ainda não ultrapassou o centro da meta inflacionária (3,5%): a RM de Porto Alegre, com índice de 3,14%.
Grupos – Dos nove grupos de despesa, apenas um teve comportamento deflacionário em São Luís: habitação, com taxa de -3,59%. Isso aconteceu pelo segundo mês
consecutivo. Em abril, houve deflação de 2,01%.
A mudança na bandeira tarifária na energia elétrica residencial, em que saiu de cena a escassez hídrica e passou a vigorar, desde o dia 16 de abril, a bandeira tarifária verde, sem cobrança de taxa extra, teve papel fundamental nesse comportamento deflacionário.
No Brasil, a deflação nesse grupo de despesa foi de -1,70%. Vale informar que a energia elétrica residencial tem o 2º maior peso no cálculo do IPCA de São Luís, sendo superado apenas pela gasolina.
Dentro do grupo de despesa habitação, o gás de botijão, com queda de preço de -0,88%, também contribuiu para esse quadro deflacionário. Todavia, o gás de botijão tem um acumulado de alta de preços em São Luís nos últimos 12 meses de 37,86%.
Grupo de Despesas | Variação Mensal | Impacto (p.p.) |
Período | abril 2022 | maio 2022 | abril 2022 | maio 2022 |
Índice Geral | 1,03% | 0,23% | 1,03% | 0,28% |
Alimentos e bebidas | 2,61% | 1,02% | 0,67% | 0,26% |
Habitação | -2,01 | -3,59% | -0,30% | -0,52% |
Artigos de residência | 1,00% | 0,62% | 0,05% | 0,03% |
Vestuário | 1,71% | 1,86% | 0,10% | 0,11% |
Transporte | 0,63% | 0,69% | 0,12% | 0,14% |
Saúde e cuidados pessoais | 2,35% | 1,08% | 0,29% | 0,13% |
Educação | 0,00% | 0,07% | 0,00% | 0,00% |
Comunicação | 0,60% | 1,79% | 0,03% | 0,08% |