Em nota divulgada nesta sexta-feira (06) em seu portal – www.bomjardim.ma.gov.br – a Prefeitura Municipal de Bom Jardim classificou de exagerada a decisão da Justiça que afastou o prefeito Francisco Araújo (foto). Num dos trechos, é reclamada a falta de depoimento dos gestores afastados aos encarregados das investigações, no caso o Ministério Público e o Poder Judiciário.
O prefeito, que se encontrava em Brasília (DF), como integrante da comitiva da Federação dos Municípios (Famem), que foi reivindicar aumento de verbas para as prefeituras do Maranhão, retornou ao estado nesta sexta-feira (06) e foi surpreendido pela decisão judicial.
Na nota, a Prefeitura diz que o prefeito vai recorrer da decisão, provar sua inocência e retornar ar cargo “para continuar o trabalho que, apesar de toda a crise, está mudando Bom Jardim para melhor”.
Eis a íntegra da nota em que a Prefeitura de Bom Jardim contesta a decisão judicial que afastou o prefeito:
Diante da decisão, vimos a público esclarecer que:
- Encontramos em janeiro de 2017 um município que vivia uma profunda crise política e institucional, com inúmeros problemas estruturais, caos financeiro e uma realidade política insustentável. Não obstante a todos esses problemas, tomamos medidas para equilibrar as contas públicas e, como é sabido, regularizamos o pagamento de servidores, que hoje recebem rigorosamente em dias, tiramos o município de várias inadimplências, junto a órgãos de controle e buscamos parcerias com todos os entes da federação. Isso é reflexo de uma administração responsável e compromissada com a população.
- O prefeito Dr. Francisco Araújo estava na noite de ontem em Brasília, onde lutava para trazer recursos para o município, que, como vários outros municípios do Brasil, vê seus repasses diminuindo mês a mês. Graças a esta articulação, conseguimos uma importante vitória com outros prefeitos da COMEFC. O prefeito chegou ao estado na manhã de hoje e foi pego de surpresa com a decisão, pois todos os esclarecimentos sobre o acontecido foram dados ao órgão ministerial. A administração sempre esteve a disposição da Justiça e do Ministério Público para dar todos os esclarecimentos necessários, os quais nós procuramos desde o início da gestão, para dialogarmos com todos os poderes e trabalharmos juntos em prol da população;
- A Justiça não convidou os envolvidos a prestar qualquer esclarecimento via audiência, mesmo assim adotou a medida extrema de sentenciar o afastamento do prefeito;
- Entendemos que a medida é exagerada e careceu de prudência, sobretudo porque a prefeitura não teve direito de ampla defesa. Diante da crise avassaladora que toma conta do país, um bloqueio nas contas do município, culminando com instabilidade, irão só prejudicar ainda mais centenas de funcionários que aguardavam seus proventos até esse próximo dia 10 de outubro, o comércio local e todos os usuários dos serviços públicos;
- É sabido que temos feito enorme sacrifício para pagar os salários em dia e tocar obras e serviços em toda a cidade para melhorar a vida das pessoas. Dessa forma, a medida radical traz consigo problemas para a população que pode sofrer com paralisações e incertezas durante os próximos dias.
- Sabemos que por conta de fatos acontecidos no passado, esse caso possa a servir para a mídia explorar de forma sensacionalista esse acontecimento, ignorando todas conquistas realizadas por esta administração até a data de hoje (6).
- Por fim, acreditamos na Justiça. Por esse motivo vamos recorrer da decisão e acreditamos que essa decisão será reparada, o prefeito vai reassumir o mandato que lhe foi confiado pela grande maioria da população pelo voto direto, para continuar o trabalho que, apesar de toda a crise, está mudando Bom Jardim para melhor.
Aguardamos ainda o inteiro teor das acusações para podermos prestar todos os esclarecimentos a que a população de Bom Jardim, que é a mais prejudicada com medidas precipitadas, tem direito.
Prefeitura Municipal de Bom Jardim – Trabalho e Paz
(Com foto de Paulo Montel)