A premiê do Reino Unido, Theresa May, fez uma tentativa final para conseguir apoio ao acordo visando a uma saída tranquila do Reino Unido da União Europeia (UE), o Brexit. Ela falou ao Parlamento nesta segunda-feira (14), véspera da votação que vai decidir o destino do plano da premiê para o Brexit.
Theresa May disse que os livros de história julgarão se os parlamentares atenderão à vontade do povo, manifestada no referendo de 2016 sobre o Brexit, ao mesmo tempo em que resguardam a economia. Ela alertou que a rejeição do plano decepcionaria o povo britânico, e conclamou os parlamentares a analisarem novamente o texto nas próximas 24 horas.
Em dezembro, enfrentado forte oposição às suas propostas sobre o gerenciamento da fronteira entre a Irlanda do Norte e a Irlanda, país-membro do bloco europeu, May adiou a votação do acordo. Mas, na quarta-feira passada (09), o Parlamento britânico retomou as deliberações sobre a saída.
A imprensa britânica não acredita que o acordo será aprovado. Partidos da oposição devem apresentar uma moção de não confiança contra a primeira-ministra caso o texto seja rejeitado.
Território desconhecido – A primeira-ministra adverte que o Reino Unido entrará num “território desconhecido” se o parlamento recusar o acordo do Brexit a que chegou com a União Europeia (UE). A saída do Reino Unido da UE é apelidada de Brexit, palavra originada na língua inglesa resultante da junção de Britain e exit.
“Se o acordo não for aprovado vamos entrar num território desconhecido. Não acredito que alguém possa dizer exatamente o que ocorreria em termos da reação que veríamos no parlamento”, disse.
A preocupação em torno deste assunto é o principal ponto que levou o setor mais eurocético dos conservadores e os sócios do Partido Democrático Unionista (DUP) da Irlanda do Norte a se oporem ao acordo.
A primeira-ministra britânica insistiu que é contrária à convocatória de um segundo referendo sobre o Brexit, defendendo que seria uma “falta de respeito” face ao resultado da consulta de junho de 2016, na qual 51,9% dos votantes optaram pela saída da UE.
May também sublinhou que não há tempo para organizar um referendo antes de 29 de março, a data combinada para a ruptura, e que, por isso, essa opção obrigaria a adiar o Brexit.
(Agência Brasil)