
Avanço feminino na média liderança e reforça a importância da equidade nos altos cargos
O Great Place To Work®, consultoria global que trabalha com a missão de construir uma sociedade melhor, evidenciando a valorização de ambientes de trabalho mais saudáveis, acaba de divulgar a 12ª edição da premiação das Melhores Empresas Para Trabalhar™ GPTW Maranhão. O estudo foi realizado em 2025 e teve como base um total de 30 empresas participantes, notável aumento de 114% em relação à edição anterior.
As empresas premiadas pelo ranking GPTW Maranhão se destacam por práticas culturais que promovem altos níveis de confiança entre os colaboradores, especialmente nas dimensões de “Contratar e Receber, Inspirar e Cuidar” que obtiveram as maiores médias. Outro fator relevante é a baixa porcentagem de mulheres em cargos de alta liderança, que se manteve em 23% em 2025, enquanto a média liderança apresentou crescimento expressivo, sinalizando avanços importantes, embora ainda insuficientes para a equidade.
Além disso, a qualidade de vida e a oportunidade de crescimento aparecem como os principais motivos pelos quais os trabalhadores permanecem nas empresas. No ranking de 2025, 5 empresas foram premiadas pela primeira vez.
Para se qualificarem para o ranking, as empresas precisavam atender aos critérios de ter no mínimo 30 funcionários e possuir CNPJ registrado no estado do Maranhão. Entre as empresas ranqueadas, 9 foram reconhecidas como as melhores, sendo estas: 6 empresas de médio e grande porte e 3 empresas de pequeno porte.
Localizado na região nordeste do Brasil, o Maranhão é um estado de grande diversidade cultural, histórica e ambiental. Com uma população de, aproximadamente, 7 milhões de habitantes é o terceiro estado mais populoso da região, atrás apenas da Bahia e do Ceará.
No Ranking GPTW Maranhão de 2025, o setor de Produção e Manufatura se destaca com 4 empresas premiadas. Há empresas do setor de Varejo e Serviços Profissionais. Além disso, 2 empresas informaram serem de outros setores não listados e 1 não indicou o setor.
O ranking mostra ainda que entre o perfil etário que compõe As Melhores Empresas para Trabalhar se manteve estável em relação a edição de 2024. A faixa etária até 25 anos que apresentava participação de 8% em 2023 aumentou para 11% em 2024 e cresceu novamente para 12% em 2025.
Quanto à faixa etária de 26 a 34 anos e a de 35 a 44 anos, estas representam 65% dos colaboradores das empresas analisadas. A quantidade de pessoas entre 26 a 34 anos contou com 31% em 2023, 27% em 2024 e voltando para 31% em 2025. Já com 35 a 44 anos, em 2023, a porcentagem era de 38%, em 2024, com 36% e, em 2025, obteve 34%, registrando uma leve queda.
A faixa etária de 45 a 54 anos registrou 16% em 2023, 17% em 2024 e 16% em 2025, evidenciando uma certa estagnação. A porcentagem de pessoas com 55 anos ou mais registrou 8% em 2023, 9% em 2024, e 7% em 2025.
Analisando a distribuição de tempo de casa dos colaboradores em 2025, observa-se que o total de colaboradores com até 2 anos de casa apresentou uma variação negativa este ano quando comparada a 2023, passando de 41% em 2023 para 39% em 2025. O número de colaboradores entre 2 a 5 anos apresentou uma variação positiva de 17% em 2023 para 23% em 2025. Já entre 6 a 10 anos de casa, apresentou uma permanência de 12% em 2023 e 2025, com um pico de 14% em 2024. Na variação de 11 a 15 anos de casa, apresentou um declínio de 14% em 2023 para 12% em 2025. Os colaboradores entre 16 a 20 anos de permanência apresentaram a mesma porcentagem de 6% de 2023 a 2025. Já o total de colaboradores com mais de 20 anos de casa apresentaram uma redução, passando de 10% em 2023 para 8% em 2025.
No entanto, ao compararmos com os dados das empresas não premiadas no Ranking, temos uma diferença significativa em relação ao tempo de casa, nelas apenas 1% de seus funcionários estão há 16 anos ou mais nas empresas e mais da metade estão menos de 2 anos (51%).
Nesta edição, 28% dos postos de trabalho das empresas premiadas são ocupados por mulheres. Esse percentual é inferior à proporção de mulheres na demografia do estado, que foi de 50,9%, segundo o Censo do IBGE de 2022, mostrando uma sobrerrepresentação de homens nas empresas premiadas. Entretanto, é importante observar também que há um crescimento constante nos últimos anos, sinalizando, ainda que lentamente, uma mudança no perfil dos colaboradores.
Ao analisarmos a distribuição de gênero por níveis de gestão nos três últimos anos observa-se uma variação particular em cada grupo analisado. A participação de mulheres em cargos de alta liderança passou de 17% (2023) para 23% (2025), mesma proporção de 2024. Já a média liderança apresentou o maior crescimento, passando de 9% em 2023 para 29% em 2025, após alcançar 23% em 2024, ou seja, há uma tendência de continuidade no crescimento de mulheres em média liderança. Enquanto outras posições de liderança passaram de 11% em 2023 para 20% em 2025, após atingirem o pico do período analisado em 2024 (27%).
Ao olharmos para o IVR (Índice da Velocidade da Inovação) das empresas premiadas, tivemos uma queda no número de empresas no nível acelerado de inovação (no qual a inovação flui facilmente), passando de 40% em 2024 para 13% em 2025. Também observamos o crescimento de 3 pontos percentuais no total de empresas no estágio de atrito no último ano, passando de 60% para 63%.
Ao analisarmos o Índice de Velocidade da Inovação das empresas não premiadas no Ranking GPTW Maranhão 2025, percebe-se que, 78% representa o estágio de atrito, não tendo nenhuma empresa entre elas alcançado o estágio acelerado e 22% no estágio funcional.
Com a pesquisa, percebe-se que o maior motivo pelo qual as pessoas permanecem nas empresas premiadas é a oportunidade de crescimento (46%), seguido de qualidade de vida (24%), alinhamento de valores (13%), remuneração e benefícios (15%) e estabilidade (2%).
Embora os motivos de permanência sejam semelhantes entre premiadas e não premiadas, observa-se que as premiadas se destacam em ‘oportunidade de crescimento’ (46% vs. 37%) e ‘qualidade de vida’ (24% vs. 29%), enquanto as não premiadas apresentam maior foco em ‘remuneração e benefícios’ (22% vs. 15%).