AQUILES EMIR
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta sexta-feira (05) que o Brasil pode deixar a Organização Mundial de Saúde (OMS), se ela não deixar de atuar politicamente. “Ou a OMS trabalha sem ideologia, ou caímos fora”, disse ele.
Bolsonaro lembrou que a OMS vem mudando de posição sempre que se sente pressionada, como foi no caso da cloroquina, remédio que teve os estudos sobre a eficácia para cloroquina suspensos e depois retomados. “Foi só o Trump tirar o dinheiro deles para mudarem tudo”, disse
Questionado sobre as críticas do presidente norte-americano sobre possíveis erros do Brasil no combate ao coronavirus, Bolsonaro não comentou e mandou um abraço a Trump.
Além de mandar cumprimentos a Trump, um dos seus principais aliados políticos internacionais, Bolsonaro afirmou que o Brasil pode seguir os EUA e também se movimentar para deixar a Organização Mundial da Saúde (OMS), que acusa de agir de forma ideológica.
Divulgação – Sobre a mudança de horário da divulgação dos dados de casos e mortes por Covid-19 no Brasil, que antes era as 17h e agora é às 22h, disse que o objetivo é fornecer “dados consolidados”. Segundo ele, o governo não vai trabalhar para atender a Globo, que, com esse atraso, segundo ele, ficou sem sua principal manchete para o Jornal Nacional.
Bolsonaro ainda defendeu a divulgação apenas dos mortos ocorridos no dia e não daqueles que foram confirmados na data, como é a atual praxe do ministério. Informações do próprio governo federal apontam que mortes chegam a ser identificadas como Covid-19 às vezes mais de um mês depois, sendo que a divisão de óbitos em um determinado dia vai crescendo ao longo das semanas, conforme novos casos vão sendo conhecidos.
O presidente também citou reportagens publicadas na imprensa a respeito dos números da pandemia do novo coronavírus no país. Ele disse que “se ficar pronto” antes, pode divulgar, mas que “ninguém deve correr” para apresentar os dados a tempo de que estes sejam registrados em jornais de veículos de imprensa.
(Com informações da CNN Brasil)