Decisão vem após reação da Assembleia Nacional
“No entanto, retirei as tropas mobilizadas depois que a Assembleia Nacional exigiu que a lei marcial fosse suspensa. Suspenderei a lei marcial imediatamente, aceitando a demanda da Assembleia Nacional por meio de meu gabinete.”
O Estado-Maior Conjunto disse que as tropas, que foram mobilizadas para executar a lei marcial, retornaram à base em um movimento que restaurou um senso de normalidade.
A Yonhap destacou ainda que o decreto gerou perturbações até mesmo nos Estados Unidos, maior aliado da República da Coreia. “Autoridades dos EUA expressaram ‘grave preocupação’ e enfatizaram a esperança de Washington de que quaisquer disputas ‘políticas’ na Coreia do Sul sejam resolvidas ‘pacificamente’.”
O decreto do presidente coreano fez com que a lei marcial fosse implementada na Coreia pela primeira vez em 45 anos. Segundo a Constituição da Coreia do Sul, o presidente pode declarar o regime em caso de guerra, conflito armado, ou outra emergência nacional grave que necessite a intervenção do Exército para manter a ordem.
De acordo com Yoon Suk-yeol, a medida foi necessária para proteger o país de “forças comunistas” ligadas à vizinha do norte, República Popular da Coreia e “proteger a ordem constitucional e a liberdade”.
A lei marcial foi declarada, contudo, foi após o partido presidencial Poder Popular (PPP), sofrer derrotas legislativas para a oposição, liderada pelo Partido Democrata (PD, com a diminuição no orçamento parlamentar e com a aprovação de dois pedidos de impeachment contra um auditor estatal e contra o procurador-geral.
Dos 300 deputados, 190 conseguiram entrar. Todos, de membros do partido do presidente à oposição, votaram contra a lei marcial.
Membros do Partido Democrata afirmam, entretanto, que o presidente perdeu a confiança da população e “não pode mais governar o país”, devendo ser afastado do cargo e preso, diz a Yonhap citando o parlamentar Park Chang-dae.
(Agência Sputnik)