Primeiro-ministro da Itália agradece Brasil por prisão de Battisti

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O italiano Cesare Battisti, de 64 anos, cuja extradição foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal, em 13 de dezembro do ano passado, foi capturado na Bolívia

O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, disse neste domingo (13) ter conversado por telefone com o presidente Jair Bolsonaro. Na conversa, Conte agradeceu o apoio prestado pelo Brasil às autoridades italianas e bolivianas na captura de Cesare Battisti, condenado a prisão perpétua na Itália.

A Justiça italiana sentenciou Battisti pelo assassinato de quatro pessoas, na década de 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo, um braço das Brigadas Vermelhas. Ele se diz inocente. Para as autoridades brasileiras, ele é considerado terrorista.

Em seu perfil no Facebook, Giuseppe Conte mencionou as famílias das vítimas. “As famílias Santoro, Torregiani, Sabbadin e Campagna poderão, finalmente, obter justiça. A captura e expulsão de César Battisti são um resultado esperado há mais de 40 anos, que devemos principalmente a eles, bem como às outras vítimas de suas ações criminosas”, postou Conte.

Paralelamente, o ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, reiterou os agradecimentos aos brasileiros e bolivianos. Ele usou as redes sociais para transmitir a mensagem.

“Agradeço às forças policiais italianas e estrangeiras, à polícia italiana, à Interpol, à Aise [agência italiana de inteligência] e a todos aqueles que trabalharam para a captura de #CesareBattisti, um delinquente que não merece uma vida confortável na praia, pelo seu trabalho árduo para terminar seus dias na cadeia”, escreveu Salvini, no seu perfil no Twitter.

Condenação – Condenado à prisão perpétua na Itália, Battisti foi sentenciado pelo assassinato de quatro pessoas, na década de 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo, um braço das Brigadas Vermelhas. Ele se diz inocente. Para as autoridades brasileiras, ele é considerado terrorista.

No Brasil desde 2004, o italiano foi preso três anos depois. O governo da Itália pediu sua extradição, aceita pelo STF. Contudo, no último dia de seu mandato, em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que Battisti deveria ficar no Brasil, e o ato foi confirmado pela Suprema Corte.

O presidente Jair Bolsonaro, mesmo antes de empossado, defendia a extradição de Battisti. Nos últimos dias do governo Michel Temer, houve a decisão do STF. Após dias de buscas, a Polícia Federal divulgou 20 simulações sobre a possível aparência do italiano.

* Com informações da RAI, emissora pública de televisão da Itália.

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