AQUILES EMIR*
O segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2015/16, aponta que o Maranhão deverá colher 2 milhões 689,6 mil toneladas de cana-de-açúcar e produzir 194,4 milhões de litros de etanol, o que representará um aumento de 8,3% em relação à safra 2014/15. A área plantada no estado apresenta uma expansão de 4,2% neste levantamento, ou seja, um aumento de 1,6 mil hectares frente à safra passada.
De acordo com os estudos da Conab, o Maranhão apresenta ganho de produtividade nesta safra em decorrência da melhoria nos tratos culturais e utilização de irrigação complementar, a fim de atender a demanda hídrica da cultura, já que até o presente momento choveu 60% do considerado ideal e no último trimestre choveu apenas 40% deste patamar.
A área plantada no Estado aumentou de 38,8 mil para 40,4 mil hectares, o que representa uma variação positiva de 4,2%. Houve melhoria considerável também na produtividade, que saiu de 60.592 quilos por hectare para 66.606 quilos por hectare, ou seja, crescimento de 9,9%. A produção, que era de 2 milhões 347,9 mil toneladas, passou para 2 milhões 689,6 mil toneladas, isto é, 14,6% a mais.
Com essa produção de cana, vai ser possível garantir 9,9 mil toneladas de açúcar e 194 milhões 362,8 mil litros de etanol, sendo que 174 milhões 371,4 mil são de álcool anidro e 19 milhões 991,4 mil litros de álcool hidratado.
Nacional – A estimativa indica que o Brasil poderá colher 655,2 milhões de toneladas. Este é o segundo levantamento do ano, divulgado nesta quinta-feira (13) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com um índice 3,2% superior aos 634,8 milhões de toneladas da safra anterior.
A falta de chuvas, principalmente na região Sudeste, afetou a produtividade da safra anterior, enquanto que para a atual a perspectiva é de aumento de 3,8%. O estudo mostra também que a área de colheita teve um decréscimo de apenas 0,6%.
O maior volume da cana colhida vai ser destinado à fabricação de etanol, que representa 55,9% da produção. O etanol total deve ter uma redução de 0,5%, passando de 28,66 para 28,52 bilhões de litros.
O hidratado, utilizado nos veículos “flex-fuel”, reduziu em 2,2%, alterando a marca de 16,9 bilhões para 16,6 bilhões de litros. Já o anidro, destinado à mistura com gasolina, apresenta aumento de 2%, passando de 11,7 bilhões para 12 bilhões de litros.
Para a produção de açúcar, está previsto um aumento de 4,8%, e deve passar das 35,56 milhões de toneladas para 37,28 milhões, o que representa 1,7 milhão de toneladas a mais.
*Com dados da Conab