Produção industrial na regional do Maranhão aumenta 8% em junho, segundo levantamento do IBGE

345

A produção industrial na regional Nordeste onde estão incluídos os dados do Maranhão e cinco outros nordestinos – Alagoas, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe – aumentou 8% em junho, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geográfica e Estatística (IBGE) divulgados nesta terça-feira (11). Nos demais estados nordestino que têm seus números apurados individualmente também houveaumento: Bahia (0,6%), Ceará (39,6%) e Pernambuco (3,5%).

Segundo o IBGE, em 14 dos 15 locais pesquisados as taxas foram positivas na comparação com maio, na série com ajuste sazonal. Os maiores avanços foram no Amazonas (65,7%) e no Ceará (39,2%). Rio Grande do Sul (12,6%), São Paulo (10,2%) e Santa Catarina (9,1%) também mostraram expansões mais intensas do que a média nacional (8,9%). Apenas Mato Grosso (-0,4) apresentou recuo. As informações são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional.

LocaisVariação (%)
Junho 2020/
Maio 2020*
Junho 2020/
Junho 2019
Acumulado
Janeiro-Junho
Acumulado
nos Últimos
12 Meses
Amazonas65,7-10,4-19,6-5,4
Pará2,8-8,0-0,80,4
Região Nordeste8,0-13,0-9,5-6,1
Ceará39,2-22,1-22,0-9,7
Pernambuco3,52,8-3,6-3,9
Bahia0,6-14,4-7,3-5,6
Minas Gerais5,8-6,0-11,0-8,8
Espírito Santo0,4-32,4-20,8-19,6
Rio de Janeiro0,7-0,42,34,4
São Paulo10,2-11,8-14,2-6,6
Paraná5,2-6,8-8,6-2,3
Santa Catarina9,1-12,6-15,0-7,5
Rio Grande do Sul12,6-12,2-15,8-8,9
Mato Grosso-0,41,6-3,3-3,2
Goiás0,75,40,92,2
Brasil8,9-9,0-10,9-5,6

No crescimento de 8,9% da atividade industrial na passagem de maio para junho de 2020, na série com ajuste sazonal, observa-se perfil disseminado de resultados positivos alcançando 14 dos 15 locais pesquisados. O comportamento reflete a ampliação do movimento de retorno à produção (mesmo que de forma parcial) de unidades produtivas que interromperam seus processos produtivos, por conta dos efeitos causados pela pandemia da COVID-19.

Amazonas (65,7%) e Ceará (39,2%) assinalaram os maiores avanços, com ambos marcando a segunda taxa positiva consecutiva e acumulando ganhos de 95,1% e 42,5% nesse período, respectivamente. Rio Grande do Sul (12,6%), São Paulo (10,2%) e Santa Catarina (9,1%) também mostraram expansões mais intensas do que a média nacional (8,9%), enquanto Região Nordeste (8,0%), Minas Gerais (5,8%), Paraná (5,2%), Pernambuco (3,5%), Pará (2,8%), Goiás (0,7%), Rio de Janeiro (0,7%), Bahia (0,6%) e Espírito Santo (0,4%) completaram o conjunto de locais com índices positivos nesse mês.

Por outro lado, Mato Grosso (-0,4%) apontou o único resultado negativo em junho de 2020, eliminando, dessa forma, pequena parte do crescimento de 3,6% observado em maio último.

Média móvel trimestral – Ainda na série com ajuste sazonal, mostrou queda de 1,8% no trimestre encerrado em junho de 2020 frente ao nível do mês anterior, mantendo a trajetória predominantemente descendente iniciada em outubro de 2019.

Dez dos 15 locais pesquisados tiveram taxas negativas no mês, com destaque para os recuos mais acentuados de Espírito Santo (-9,9%), Bahia (-7,6%), Região Nordeste (-5,2%), Rio de Janeiro (-3,8%), São Paulo (-3,5%), Ceará (-3,0%) e Paraná (-1,9%). Por outro lado, Pará (2,0%), Goiás (1,9%) e Rio Grande do Sul (1,1%) mostraram os principais avanços.

Comparação – Na comparação com junho de 2019, o setor industrial mostrou redução de 9,0% em junho de 2020, com 12 dos 15 locais pesquisados apontando resultados negativos. Apesar do efeito-calendário positivo, já que junho de 2020 (21 dias) teve dois dias úteis a mais do que igual mês do ano anterior (19), permanece o movimento de menor intensidade no ritmo da produção industrial, ainda influenciada pelos efeitos do isolamento social e que afetou o processo de produção de várias unidades produtivas no país.

Espírito Santo (-32,4%) e Ceará (-22,1%) assinalaram os recuos mais intensos. Bahia (-14,4%), Região Nordeste (-13,0%), Santa Catarina (-12,6%), Rio Grande do Sul (-12,2%), São Paulo (-11,8%) e Amazonas (-10,4%) também registraram perdas mais elevadas do que a média da indústria (-9,0%), enquanto Pará (-8,0%), Paraná (-6,8%), Minas Gerais (-6,0%) e Rio de Janeiro (-0,4%) completaram o conjunto de locais com queda na produção no índice mensal de junho de 2020.

Por outro lado, Goiás (5,4%) apontou o avanço mais intenso nesse mês. Pernambuco (2,8%) e Mato Grosso (1,6%) mostraram as demais taxas positivas nesse mês.

Bases trimestrais – O setor industrial recuou 19,4% no segundo trimestre de 2020, sua queda mais intensa desde o início da série histórica nesse tipo de comparação, permanecendo com o comportamento negativo desde o último trimestre de 2018 (-1,3%), todas as comparações contra igual período do ano anterior.

Houve aumento na intensidade de perda na produção industrial, do primeiro (-1,6%) para o segundo trimestre de 2020 (-19,4%) em treze dos quinze locais pesquisados, com destaque para Ceará (de -1,4% para -42,4%), Amazonas (de -0,9% para -38,9%), Região Nordeste (de 4,4% para -23,3%), Bahia (de 6,9% para -20,5%), São Paulo (de -2,5% para -24,0%), Paraná (de 2,5% para -18,5%), Rio Grande do Sul (de -5,1% para -25,4%), Pernambuco (de 5,8% para -13,4%), Santa Catarina (de -5,2% para -24,3%), Espírito Santo (de -12,3% para -29,8%) e Rio de Janeiro (de 10,0% para -5,3%). Por outro lado, Goiás (de -1,2% para 2,3%) apontou o principal ganho entre os dois períodos.

No acumulado do ano – Houve redução em 13 dos 15 locais pesquisados, com destaque para Ceará (-22,0%), Espírito Santo (-20,8%) e Amazonas (-19,6%). Rio Grande do Sul (-15,8%), Santa Catarina (-15,0%), São Paulo (-14,2%) e Minas Gerais (-11,0%) registraram taxas negativas mais acentuadas do que a média nacional (-10,9%), enquanto o Nordeste (-9,5%), Paraná (-8,6%), Bahia (-7,3%), Pernambuco (-3,6%), Mato Grosso (-3,3%) e Pará (-0,8%) completaram o conjunto de locais com queda na produção no índice acumulado no ano.

Em contrapartida, Rio de Janeiro Rio de Janeiro (2,3%) e Goiás (0,9%) apontaram os avanços no índice acumulado de janeiro-junho de 2020.

Acumulado nos últimos 12 meses – Ao registrar redução de 5,6% em junho de 2020, marcou o recuo mais elevado desde dezembro de 2016 (-6,4%) e permaneceu com o aumento na intensidade de perda frente aos resultados dos meses anteriores. Em 12 dos 15 locais houve taxas negativas em junho de 2020, e dez intensificaram suas quedas frente a maio. Ceará de -8,0% para -9,7%), Espírito Santo (de -18,0% para -19,6%), Amazonas (de -4,1% para -5,4%), Rio Grande do Sul (de -7,7% para -8,9%), Pará (de 1,4% para 0,4%), Santa Catarina (de -6,6% para -7,5%) e São Paulo (de -6,0% para -6,6%) mostraram as principais perdas entre maio e junho de 2020, enquanto Mato Grosso (de -4,5% para -3,2%), Goiás (de 1,4% para 2,2%) e Pernambuco (de -4,5% para -3,9%) registraram os principais ganhos o período.

DEIXE UMA RESPOSTA

Digite seu comentário!
Digite seu nome aqui