Professores e secretário de Educação de São Luís buscam acordo para pôr fim à greve

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Professores da rede municipal de ensino e a Secretaria de Educação de São Luís devem ter nesta sexta-feira (1º de setembro) encontro com o secretário Moacir Feitosa a fim de pôr fim à greve iniciada semana passada por reivindicação de melhorias salarias. Este foi um dos encaminhamentos do promotor de justiça Paulo Avelar, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Educação, que na manhã desta quinta-feira (31) presidiu uma audiência pública, na sede do MP, para debater a crise da edução na capital.

“Os objetivos da audiência foram, em parte, atendidos. Ouvimos as reivindicações da sociedade e as explicações dos gestores, recebemos documentos sobre dados da educação municipal, que serão analisados pela nossa equipe, para encaminharmos providências cabíveis”, avaliou o promotor.

A audiência contou com a participação de representantes do Sindicato dos Profissionais do Magistério do Ensino Público Municipal de São Luís (Sindeducação), que lidera uma greve da categoria por reajuste salarial de 7,64% e reposição das perdas de 2013 a 2016, equivalentes a 16,7%, também esteve presente no evento.

 

 

Entre os professores da rede municipal de São Luís na audiência, as principais reclamações tratavam, além das condições precárias das escolas, do fechamento das negociações pela Secretaria Municipal de Educação na atual greve da categoria. Os participantes reivindicavam do secretário Moacir Feitosa, presente no evento, a reabertura das discussões.

Para a presidente do Sindeducação, Elisabeth Castelo Branco, as soluções para os problemas da educação municipal passam pela correta aplicação dos recursos destinados ao setor. Ela protestou contra os atrasos nas obras de reformas das escolas e da construção de creches.

A professora Marta Belo, do anexo dois da Unidade de Ensino Rubem Goulart, denunciou a falta de biblioteca, de pátio para recreação, de computador, de refeitório, da quantidade insuficiente de banheiros para atender mais de 125 alunos de seis anos na escola. “Na nossa greve, não estamos querendo apenas melhorar nossos salários, mas também as condições de trabalho. Queremos trabalhar de forma digna”.

O secretário Moacir Feitosa respondeu aos presentes, afirmando que reconhece as dificuldades enfrentadas pela rede municipal de ensino, mas disse que a gestão está trabalhando para solucionar as questões mais urgentes. Ele garantiu que já foram reformadas 59 escolas e que existem mais 40 com obras em andamento. “Os problemas ainda são grandes, mas estamos trabalhando fortemente para mitigá-los”, disse.

O secretário de estado da Educação, Felipe Camarão, elogiou o Ministério Público pela iniciativa da audiência e também respondeu aos participantes sobre demandas da rede estadual. O deputado Wellington do Curso disse que a educação pública de São Luís pede socorro e também reforçou o pedido para que o município reabra a mesa de negociações com os professores em greve.

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