Propriedades rurais invadidas no Carnaval Vermelho da FNL, que reivindica terra, trabalho, educação e moradia

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Entidades do agro repudiam invasões de terra

Entidades ligadas ao setor do agronegócio divulgaram notas de repúdio,  condenando as invasões de terra promovidas desde sábado (18) pela Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL). Chamada de ‘Carnaval Vermelho’, a ação reivindica “terra, trabalho, moradia e educação, através da ocupação de terras que já foram reconhecidas como públicas pela Justiça, porém ainda permanecem abandonadas sem cumprir seu uso social”, diz a FNL.

Em nota, a Sociedade Rural Brasileira (SRB) diz que ‘repudia veemente as invasões de terra noticiadas na região do Pontal do Paranapanema’.

“A ação desses movimentos fere o direito de propriedade e traz insegurança jurídica para o campo. Conclamamos que as autoridades tomem medidas imediatas para reintegrar essas áreas assim como para conter esses movimentos, que estão praticando atos criminosos de invasão de propriedade privada e áreas produtivas. É inconcebível que o setor, importante pilar econômico do nosso país e produtor de alimentos para o Brasil e o mundo, volte a viver esses momentos de insegurança e violência”, diz a entidade.

Ainda na nota, a SRB considera ‘preocupante’ o ocorrido e entende que “se faz necessária uma resposta rápida do Governo Federal, para que o produtor rural siga avançando com segurança e garantindo emprego, renda e alimento na mesa da população”.

Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de São Paulo (Aprosoja-SP) também publicou uma nota na qual “condena veementemente a relativização do direito de propriedade, a destruição de patrimônio”.

Nas redes sociais, o presidente da Frenta Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), se manifestou sobre as invasões.

“Em uma semana, já foram mais invasões que em todo o governo anterior”, escreveu.

 

Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) também repudia a ação. Em nota, a entidade diz que está acompanhando as invasões de propriedades rurais em São Paulo.

“A Faemg desaprova ilegalidades no setor agro e se manifesta a favor da decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que já ordenou a desocupação das terras invadidas”, diz.

Carnaval Vermelho – A FNL foi criada por José Rainha, dissidente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em 2014.

Desde que as invasões do ‘Carnaval Vermelho’ começaram, no sábado (18), fazendas foram invadidas em Marabá, Mirante do Paranapanema, Presidente Epitácio, Presidente Venceslau, Rosana, Sandovalina e Teodoro Sampaio, todas no interior de São Paulo.

Na cidade de Presidente Venceslau, a Justiça estadual deu prazo até sexta-feira (24) para a saída dos militantes. Se a ordem não for cumprida, a polícia está autorizada a agir.

 

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