
A coligação Sem Medo de Mudar o Maranhão, integrada pelo Partido Socialismo e Liberdade(PSOL) e o Partido Comunista Brasileiro(PCB), promove neste sábado (25), a partir das 09h, o seminário Estrutura Oligárquica e Governo Flávio Dino: uma analise política e econômica do Maranhão. O seminário será na sede do PSOL, na Avenida da Universidade, no bairro Cohafuma.
Atuarão como palestrantes os professores universitários Wagner Cabral e Alex Brito e o ativista politico Marcos Silva. Segundo os organizadores, o objetivo do evento é propiciar uma visão histórica da trajetória politica e econômica das últimas décadas no Maranhão, como forma de levar os participantes a refletirem sobre os porquês deste Estado ainda amagar índices sociais e econômicos muito abaixo da média nacional.
Sobre a temática, o candidato do PSOL ao Senado, o cientista social Saulo Pinto, diz que o Maranhão é estado subdesenvolvido, periférico e dominado por um capitalismo de espólio. “A oligarquia Sarney representa a continuidade das capitanias hereditárias, em que o público é apenas uma extensão dos negócios privados da família. Com Flávio Dino, temos um ‘choque de mais capitalismo’, com números escandalosos de violência no campo, encarceramento de pobres e negros, com políticas de um reformismo de baixa intensidade”.
Ainda de acordo com Saulo, “ou aplicamos uma mudança autêntica, em que os de baixo sejam protagonistas, ou teremos a continuidade da velha politica do oligarquismo, do toma lá dá cá, da mesma política econômica contra os pobres e oprimidos. Temos que mudar, alterando a política e a economia, apostando em novidades autênticas e populares como o PSOL”.
Já o candidato a governador pela coligação, Odívio Neto, ressalta que, no geral, de um governo para outro só houve uma transição de nomes. “Saiu a Roseana Sarney e entrou o Flávio Dino que formou um grupo com muitos componentes do grupo da Roseana, mas o sistema político de governar, o modelo econômico não modificou”.
Ainda de acordo com Odívio, em quatro anos os dados sociais, apesar da crise no país, não se alteraram. “Não se viu nenhuma luz no fim do túnel que resgatasse o povo da pobreza. Se não alterarmos o modelo econômico e político, não vamos conseguir melhorar as condições sociais do nosso povo”, enfatiza.