Puxada pela alta de alimentos, inflação em São Luís no mês de fevereiro foi de 0,18%, diz o IBGE

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Enquanto em janeiro, em São Luís, o IPCA teve comportamento deflacionário, -0,19%, em fevereiro ocorreu elevação de preços: 0,18%. Dos nove grupos de despesa, houve elevação de preços em cinco: educação (2,63%), alimentação e bebidas (0,84%), vestuário (0,40%), artigos de residência (0,21%) e habitação (0,12%).

Queda de preços, foi constatada nos grupos de despesa saúde e cuidados pessoais (-0,74%), comunicação (-0,54%), transporte (-0,29%) e despesas pessoais (-0,20%).

Mesmo o grupo de despesa educação tendo maior aumento de preço no mês de fevereiro (0,14 p.p), foi o de alimentação e bebidas que acusou maior impacto no IPCA do mês: 0,19 ponto percentual. Isso se deu porque alimentação e bebida tem maior peso nas despesas das famílias.

Nesse grupo de despesa, os subitens que apresentaram maior aumento foram: tomate (36,09%), cheiro-verde (12,36%), banana prata (9,59%), peixe-pescada (8,25%) e cebola (7,89%). Esses subitens tiveram impacto no comportamento do preço no grupo de despesa, além dos subitens farinha de mandioca (5,58%), costela (4,42%), frango inteiro (1,98%), e arroz (1,22%).

O aumento de preços no grupo educação, 2,63%, nesse período de ano, já é esperado. Houve destaque para aumento de preços nos cursos regulares (como creche, pré-escola, fundamental e médio), 3,63%, e cursos diversos (a exemplo de cursos preparatórios para concursos e exames de ordem) com variação de 3,31%.

Diferentemente do que vem caracterizando o comportamento de preço no grupo vestuário nos últimos meses, marcado por deflações constantes, desta feita, foi detectado aumento de preços: 0,40% (com impacto de 0,03 p.p. no IPCA). Elevaram-se os preços nos subitens camisa/camiseta masculina, 3,32%, camisa/camiseta infantil, 3,05%, e conjunto infantil, 2,04%. O primeiro subitem teve maior impacto na formatação final do índice do referido grupo de despesa.

Enquanto no mês de janeiro, houve recuo de preço no grupo de despesa artigos de residência, na ordem, de -1,26%, no mês de fevereiro, os preços avançaram, 0,21%, sendo que os subitens que mais apresentaram elevação de preços foram: ventilador, 1,99%, refrigerador, 1,29% e televisor, 1,16%.

No grupo habitação, houve aceleração de preços na ordem de 0,12% (em janeiro, o aumento de preços foi de 0,06%). Esse comportamento foi em função de aumento em artigos de limpeza, 0,97%, e aluguel e taxas, 0,49%.

O grupo saúde e cuidados pessoais, pelo segundo mês consecutivo apresentou diminuição de preços. Em janeiro, o recuo foi de -1,81%, e agora, em fevereiro, foi de -0,74%. Destacaram-se no recuo de preço os antidiabéticos, -15,52%, antigripais e antitussígenos, -12,43%, neurológicos, -10,29%.

No grupo comunicação, ao ser detectado novamente recuo de preços nos aparelhos telefônicos, -1,49%, acabou por impactar a deflação no grupo. Em relação ao grupo transporte, tiveram influência na deflação o comportamento de preços para óleo diesel, -2,57%, gasolina, -2,53%, e motocicleta, -0,91%. Certamente, esses são produtos com grande peso no orçamento familiar e esse recuo acabou tendo impacto no grupo. Em relação ao grupo despesas pessoais, houve queda de preço nos subitens hospedagem, -3,11%, manicure, -2,96%, costureira, -2,61%, e cinema/teatro/concerto, -1,31%.

O IPCA se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos e abrange 16 regiões pesquisadas, dentre elas São Luís. Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de janeiro a 2 de março de 2020 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de dezembro de 2019 a 28 de janeiro de 2020 (base).

Fevereiro 2020

0,18%

Janeiro 2020

– 0,19%

Fevereiro 2019

0,43%

Acumulado ano

0,02%

Acumulado 12 meses

3,73%

INPC – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) também apresentou alta de preços, no mês de fevereiro: 0,32%. Essa taxa inflacionária para o INPC, em São Luís, foi maior que a média Brasil: +0,17%. No mês anterior, o índice ficou em –0,28%.

Elevação de preços em vários subitens do subgrupo alimentos no domicílio, como tomate, peixe-pescada, frango inteiro e banana prata e costela, além de subitens de forte impacto no orçamento das famílias de menor renda, como perfume, produto para pele, ônibus urbano e curso de ensino fundamental influenciaram no comportamento do INPC de São Luís no mês de fevereiro.

O INPC se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado. São 16 regiões do Brasil pesquisadas, sendo uma delas, São Luís.

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