Quem recebe salário mínimo em São Luís teve de trabalhar 79 horas para comprar cesta básica

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Cálculo é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos

O trabalhador ludovicense cuja remuneração equivale ao salário mínimo necessitou cumprir jornada de trabalho, em outubro, de 79 horas e 13 minutos, menor que a de setembro, que foi de 79 horas e 27 minutos. Em outubro de 2016, a jornada ficou em 96 horas e 36 minutos.

O cálculo é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que apurou ter o custo da cesta básica na capital maranhense ter ficado em R$ 337,37 no mês passado.

De acordo com o levantamento, esse valor representa um recuo de 0,30% em relação a setembro. Este foi o quinto menor valor entre os 21 calculados e em 12 meses, a variação foi de -12,69% e, nos últimos dez meses de 2017, de -5,25%.

Em outubro, o custo da cesta em São Luís comprometeu 39,14% do salário mínimo líquido (após os descontos previdenciários). Em setembro, o percentual exigido foi de 39,25%. Já em outubro de 2016 demandou 47,73% do salário mínimo.

Entre setembro e outubro, oito itens tiveram redução: feijão carioquinha (-5,22%), açúcar refinado (-4,78%), leite integral (-3,44%), manteiga (-1,82%), farinha de mandioca (-1,76%), café em pó (-0,97%), pão francês (-0,84%) e banana (-0,79%). Os demais itens registraram alta: tomate (2,29%), carne bovina de primeira (2,00%), óleo de soja (0,86%) e arroz agulhinha (0,37%).

Em 12 meses, oito produtos tiveram taxa acumulada negativa: feijão carioquinha (-61,11%), leite integral (-24,78%), açúcar refinado (-21,75%), tomate (-17,89%), arroz agulhinha (-13,81%), banana (-6,90%), óleo de soja (-3,83%) e carne bovina de primeira (1,50%). Quatro produtos acumularam alta: manteiga (15,55%), café em pó (3,38%), farinha de mandioca (3,33%) e pão francês (2,35%).

Ainda de acordo com o Dieese, as reduções mais expressivas foram registradas em Goiânia (-2,79%), Maceió (-2,52%) e Manaus (-1,77%). Em outras 10 cidades, a cesta apresentou alta. As maiores variações foram observadas em Campo Grande (2,67%), Curitiba (3,08%) e Cuiabá (3,49%).

Porto Alegre foi a cidade com a cesta mais cara (R$ 446,87), seguida por São Paulo (R$ 428,13) e Rio de Janeiro (R$ 421,05). Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 318,31), Natal (R$ 325,09) e Recife (R$ 325,96).

Veja o custo da cesta básica nas 21 capitais pesquisadas pelo Dieese:

(Com dados do Dieese)

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