
Ao comentar nesta quarta-feira (06) a entrega de 52 novas viaturas policiais a municípios maranhenses, o deputado Raimundo Cutrim (PCdoB) criticou o que classificação de politização da polícia, que, segundo ele, deve ser independente e apartidária. Cutrim lembrou a época em que foi secretário de Segurança Pública e destacou os avanços durante a sua gestão.
O parlamentar apontou ainda falhas no sistema. “Em 1997, a polícia não existia. A Polícia Civil tinha 62 delegados de carreira, a Polícia Militar tinha 5 mil homens, o efetivo todo, ali começamos do zero. Tudo que tem ainda hoje no sistema de segurança pública foi na nossa gestão. Com essas duas reformas da Polícia Civil e da Polícia Militar retroagimos 20 anos atrás”, destacou.
Raimundo Cutrim também reconheceu e elogiou os investimentos que estão sendo feitos na área da segurança e ressaltou que a polícia precisa ser independente. “A polícia não é para estar fazendo segurança para nenhum prefeito do Maranhão e nem tampouco recebendo ordem, e nem estar vinculando a polícia, o sistema de segurança pública com polícia partidária”, frisou.
Quanto à entrega das viaturas, o parlamentar apontou que elas devem ser destinadas de acordo com as deficiências dos municípios, onde o comandante da Polícia Militar é quem deve determinar as prioridades. “Nós temos que botar em mente que os prefeitos no Maranhão não têm nenhum poder em relação ao sistema de segurança pública. Então, a polícia tem que estar independente fazendo seu trabalho”, disse.
Por fim, Raimundo Cutrim criticou a atitude de alguns parlamentares em tomarem como conquista pessoal a aquisição de equipamentos para os municípios, ainda que não tenham sido adquiridas por meio de indicação ou emenda parlamentar.
“O deputado não pode estar dizendo que levou isso A, B ou C, se não for da emenda dele. Ele pode buscar junto com o Governo, mas tem que dizer: “Isso aqui é uma ação de Governo. Isto aqui é o Governo que está cumprindo com seu compromisso de campanha”. Isso aí é que nós temos que buscar sempre e prestigiar o Governo e não prestigiar a si próprio”, finalizou.
