AQUILES EMIR
Apesar de ainda continua sendo o segundo maior rebanho do Nordeste, com um plantel estimado acima de 7,6 milhões de reses, o Maranhão, atrás apenas da Bahia, que conta com mais de 10,3 milhões, o Maranhão teve uma perda superior a 100 mil animais, nos anos de 2015 e 2016. De acordo com os números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2014 o rebanho maranhense era de 7.758.352 animais e no passado baixou para 7.653.870, ou seja, uma diminuição de 104.482 animais.
Para que se tenha ideia do que isto representa, a quantidade perdida supera os rebanhos de duas unidades da Federação: Distrito Federal (96.265) e Amapá (76.379). Segundo o IBGE, com essa quantidade de bovinos, o estado fica em 12º rebanho do país, atrás do Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Pará, Rondônia, São Paulo, Rio Grande do Sul, Bahia, Paraná e Tocantins.
Quanto aos suínos, o Maranhão, com um rebanho estimado em 89.945, tem o maior plantel nordestino, ficando ainda em segundo lugar entre os criadores de equinos, na região, com 197.529 animais.
Brasil – O IBGE diz que a produção brasileira de carne bovina manteve a trajetória de crescimento, enquanto a piscicultura teve a maior expansão entre as criações da pecuária. O efetivo de bovinos brasileiros chegou a 218,2 milhões de cabeças no ano passado, o maior patamar já registrado pela Pesquisa da Pecuária Municipal.
Com crescimento de 3,3%, acima da média nacional, a principal região criadora de bovinos continua sendo o Centro-Oeste, com 34,4% do rebanho. O Norte manteve a segunda colocação, com aumento de 1,7%. Segundo a pesquisadora do IBGE Mariana Oliveira, o baixo custo da terra e a boa disponibilidade hídrica têm permitido o crescimento na região. São Félix do Xingu, no Pará, é o município brasileiro com o maior efetivo de bovinos, e Marabá, no mesmo estado, está na quinta colocação.
A pesquisa mostra que em 2016 houve uma retração na produção de leite de 2,9% e um aumento de 15,2% no preço, que atingiu média nacional de R$ 1,17 por litro. De acordo com Mariana, o aumento de preço pode incentivar um novo crescimento da produção de leite, com mais produtores investindo no efetivo de fêmeas que são ordenhadas, que caiu 6,8% em 2016.
A piscicultura brasileira cresceu 4,4% em relação a 2016, atingindo 507,1 mil toneladas. O aumento, na avaliação do IBGE, se deve tanto ao incremento da produção quanto à maior regularização do que é produzido. Quase metade da piscicultura brasileira (47,1%) corresponde à criação de tilápia, e 27% das criações de tambaqui.
Rondônia é o principal estado produtor, com 19,1% do total nacional, e o município com a maior produção é Rio preto da Eva, no Amazonas, com 13,38 mil toneladas.
As produções de suínos e galináceos também tiveram alta em 2016. O rebanho de suínos teve expansão de 0,4%, enquanto os galináceos registraram aumento de 1,9%, influenciado pela perda de poder aquisitivo dos consumidores. Segundo o IBGE, a proteína do frango é considerada mais acessível do que a do bovino e suíno.
Em 2016, o Brasil atingiu o maior número de galináceos – 1,35 bilhão, e Brasília concentrava o maior efetivo. As cidades de Bastos, em São Paulo, e Santa Maria do Jetibá, no Espírito Santo, ficam com a segunda e a terceira colocação.
Os maiores rebanhos bovinos do Brasil:
- Mato Grosso – 30.296.096
- Minas Gerais – 23.637.803
- Goiás – 22.879.411
- Mato Grosso – 21.800.990
- Pará – 20.476.783
- Rondônia – 13.682.200
- Rio Grande do Sul – 13.590.282
- São Paulo – 11.031.408
- Bahia – 10.363.291
- Paraná – 9.487.999
- Tocantins – 8.652.161
- Maranhão – 7.653.870
- Santa Catarina – 4.499.505
- Acre – 2.998.969
- Ceará – 2.426.408
- Rio de Janeiro – 2.409.718
- Espírito Santo – 2.044.771
- Pernambuco – 1.895.185
- Piauí – 1.639.856
- Amazonas – 1.315.821
- Alagoas – 1.264.053
- Sergipe – 1.196.248
- Paraíba – 1.187.981
- Rio Grande do Norte – 840.847
- Roraima – 780.877
- Distrito Federal – 96.265
- Amapá – 76.379