Carlos Lula ressalta importância da união para enfrentar covid
Reconduzido à presidência do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), o advogado Carlos Lula, coordenou nesta quarta-feira (24) um encontro do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que anunciou a criação da Secretaria Especial para Combate à Pandemia de Covid-19 para tornar mais ágil a resposta à pandemia. A nova secretaria deverá reunir ações desde atenção primária, atendimento hospitalar até a recuperação dos pacientes contaminados.
“É uma agenda positiva para salvar vidas”, resumiu o ministro, que participou da Assembleia do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
Durante a participação do ministro na assembleia, o presidente do Conass, Carlos Lula, ressaltou a importância da união de esforços no enfrentamento da pandemia. “É primordial estabelecermos estratégias conjuntas, pois a realidade da pandemia – o aumento de mortes, as filas para UTIs, e a escassez de insumos – é desesperadora. Cada gota do nosso suor pode ser uma vida que salvamos”.
Sobre sua recondução ao cargo, Lula disse que foi o reconhecimento de um trabalho feito com força de vontade e fé. “Agradeço por ser reconduzido ao cargo de presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Muito obrigado pelo apoio nesta missão. Vamos vencer!”
Enfrentamento – O ministro reconheceu que dificuldades podem acentuar as divergências. No entanto, destacou a importância de se buscar clareza, harmonia e entendimento para uma gestão mais homogênea, que concretize o Sistema Único de Saúde (SUS), ferramenta essencial para o enfrentamento da pandemia.
“As vacinas são a resposta para o fim da pandemia e nós dispomos do Programa Nacional de Imunização (PNI), que é um patrimônio brasileiro, assim como o SUS. Além disso, contamos com a consciência de 95% da população, que deseja ser vacinada e com as 37 mil salas de vacinação espalhadas pelo país”.
Queiroga mostrou otimismo e salientou que se houver concretude nas políticas púbicas, em pouco tempo toda população brasileira será vacinada, embora reconhecendo ser preciso ampliar a produção. “Precisamos ampliar essa capacidade. Temos dois institutos nacionais que produzem vacina, a Fiocruz e o Butantã, o que torna mais regular essa política pública, além da autonomia das agências reguladoras que reforçam a regularidade das vacinas, utilizando também os meios necessários para buscar mais vacinas por meio de introspecção internacional com países que possam ceder excedentes, além da articulação com Conass e Conasems para impulsionar essas ações.”
Os principais desafios, segundo o ministro, estão relacionados às demandas por leitos de UTI. Ele lembrou da necessidade de recursos humanos qualificados para o processo intubação prolongado, e por kits de intubação, dificuldades com oxigênio – infraestrutura, transporte e cilindros. “A saúde suplementar precisa participar fortemente do enfrentamento da pandemia, considerando que goza de benefícios fiscais e que pode auxiliar com questões que envolvem práticas anticompetitivas”, destacou.
“O Ministério da Saúde é o principal responsável para fazer valer as políticas públicas de saúde, mas para isso precisamos do esforço coletivo na busca por soluções para uma situação tão séria e complexa. O Ministério da Saúde vai funcionar 24 horas por dia e apenas quando vencermos a Covid vamos descansar”. Ele ressaltou ainda a importância do uso de máscaras e do álcool em gel, assim como a lavagem das mãos e o distanciamento social.