Roberto Rocha manda para Polícia Federal imagens sobre eleição no Senado

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Serão enviadas para a Polícia Federal (PF) as imagens da eleição para a presidência do Senado, no último dia 2 de fevereiro. A intenção é investigar como se deu o registro de um voto a mais (82) que o número de senadores aptos a votar durante o processo (81). De acordo com o corregedor da Casa, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), a recomendação foi feita pela Polícia Legislativa do Senado.

“A Polícia Legislativa já me disse que não tem recursos suficientes para fazer a perícia em todas as imagens e recomenda que seja feita pela a Polícia Federal. Eu estou enviando para o presidente [do Senado, Davi Alcolumbre], para que ele, por meio da Mesa, solicite ao Ministro da Justiça que faça essa perícia em todos os 81 votos”, explicou o corregedor.

O objetivo da perícia é descobrir como e por que havia 82 cédulas de votação para escolha do novo presidente do Senado, quando só existem 81 senadores. Além disso, duas cédulas estavam fora dos envelopes. Diante do fato, a votação foi anulada e um segundo procedimento foi realizado.

Plenário do Senado durante segunda reunião preparatória destinada à eleição do presidente do Senado Federal para 56ª Legislatura.  Mesa: senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB). senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE);  presidente da sessão, senador José Maranhão (MDB-PB); senador José Maranhão (MDB-PB).  Foto: Pedro França/Agência Senado
Processo de votação para presidente do Senado na sessão de 2 de fevereiro passado está sob investigação, que deve ter auxílio da Polícia Federal para analisar vídeos e mais de 11 mil fotos registradas naquele dia

De acordo com Roberto Rocha, serão enviadas à Polícia Federal imagens das câmeras da TV Senado, do serviço de fotografia da Secretaria de Comunicação Social, das câmeras do circuito interno da Polícia Legislativa, de emissoras de TV comerciais e dos registros feitos pelas assessorias dos senadores.

Além de vídeos, há mais de 11 mil fotos do dia da eleição, segundo o corregedor.

“Nós temos um banco muito grande de imagens, de vídeos e fotos, que permite fazer um trabalho que não deixe nenhuma dúvida”, garantiu.

Para ele, apontar qualquer suspeito pela fraude neste momento seria precipitado. O corregedor afirmou que é preciso cautela para que nenhuma suspeita seja usada como “espetacularização”, já que as investigações ainda estão em curso.

Somente depois que tudo for esclarecido, os responsáveis devem ser punidos. Segundo o senador, se o responsável for um parlamentar, pode ser aberto um processo no Conselho de Ética. Se o responsável não for um senador, o Ministério Público poderá investigar o caso e um processo administrativo poderá ser aberto contra o servidor.

(Agência Senado)

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