Roberto Rocha se solidariza com dono da VTCLog, que é maranhense de Barra do Corda

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Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (CPIPANDEMIA) realiza oitiva do sócio da empresa de logística VTCLog. A empresa presta serviços ao Ministério da Saúde desde 2018. Os parlamentares estão investigando se houve alguma irregularidade nos contratos entre a empresa e o governo, inclusive para a distribuição das vacinas contra a covid-19.Raimundo Nonato Brasil afirma que a VTCLog já se chamou Voetur Cargas, e por isso as duas têm o mesmo CNPJ. A mudança de nome ocorreu para não haver confusão com a Voetur Turismo, outra empresa do mesmo grupo, que possui CNPJ diferente, diz o depoente. Nonato afirma ser sócio apenas da VTCLog, não tendo nenhuma relação com a empresa de turismo, que faz parte do grupo. O sócio da empresa de logística diz que se trata de uma "empresa familiar". Foto: Pedro França/Agência Senado

Raimundo Nonato Brasil é maranhense de Barra do Corda

O senador Roberto Rocha (PSDB-MA) teve uma participação discreta na oitiva desta terça-feira (05) na CPI da Pandemia, onde foi apenas manifestar solidariedade ao depoente, Raimundo Nonato Brasil, dono da VTCLog. Natural de Barra do Corda, no interior maranhense, o empresário é proprietário de uma fazenda ao lado de uma propriedade da família do senador na região de Balsas.

Ele falou apenas três minutos, que foram cedidos pelo senador Carlos Heinze, do Rio Grande do Sul.

Roberto Rocha contestou uma informação do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) sobre um jato do empresário. Segundo o tucano, o avião está parado há cinco anos nos Estados Unidos, ou seja, não se constitui objeto para esbanjamento de riqueza.

Roberto Rocha também destacou que a empresa de Raimundo Brasil tem mais de mil funcionários diretos e cerca de 700 a 800 indiretos, com caráter nacional. Rocha disse conhecer bem Nonato e o elogiou. De acordo com o senador, o grupo empresarial não tem caráter partidário.

Depoimento – Ao contrário do que vem sendo especulado, Raimundo Nonato Brasil disse que se reuniu poucas vezes com o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias. E nessas poucas vezes, as reuniões foram previamente agendadas e com pauta definida.

Indagado pelo relator, Renan Calheiros (MDB-AL), por que Dias tinha autorizado reajuste num contrato com a VTCLog, mesmo contrariando pareceres jurídicos da pasta, o empresário explicou que, em 1º de janeiro de 2021, o governo devia à empresa R$ 57 milhões e foi feita uma “contraproposta de um meio-termo”, que acabou sendo aceita.

Nonato não soube dizer por que o jurídico do Ministério da Saúde inicialmente mostrou-se contrário ao reajuste.

A VTCLog trabalha para o Ministério da Saúde desde o governo de Fernando Henrique Cardoso, atravessou os governos do PT, foi mantido na gestão de Michel Temer e agora está prestando serviços, estando, segundo o depoente, com pagamentos em atraso.

(Agência Senado)

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