Roseana diz que deixou mais de 200 leitos de UTI e culpa Flávio Dino pela crise de coronavírus

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AQUILES EMIR

A ex-governadora Roseana Sarney (MDB) quebrou o pacto informal de não agressão entre sua família e Flávio Dino (PCdoB) e reagiu nesta terça-feira (19), numa entrevista ao blog do jornalista Diego Emir, a uma declaração dada pelo governador à GloboNews no último sábado (16), quando afirmou que, quando assumiu o governo, só havia leito de UTI em hospitais da capital. Além de contestar a informação, a ex-governadora responsabiliza Flávio Dino pelas mortes por coronavírus no estado, por ter desmontado a rede pública de saúde.

Para Roseana, infelizmente os jornalistas que entrevistaram Flávio Dino e os telespectadores que assistiram à entrevista caíram “mais uma vez em uma arapuca verborrágica que o governador maranhense é useiro e vezeiro”. Ainda segundo Roseana, Flávio Dino vem se revelando “um administrador desinformado e incapaz”.

A revolta da ex-governadora foi por esta colocação: “Quando eu cheguei neste governo, só havia leitos de UTI na rede pública estadual do Maranhão na capital, um estado com 217 municípios cujo território é maior que a Itália”, dita em resposta a uma indagação do jornalista e ex-deputado federal Fernando Gabeira.

De acordo com Roseana. uma consulta ao Sistema de Informação do Ministério da Saúde aponta que em janeiro de 2009, a rede pública de São Luís dispunha de 22 leitos de UTI; no interior, eram 33. Em abril desse mesmo ano, ela reassumiu o governo (após a cassação de Jackson Lago) e ao final do seu segundo mandato, em dezembro de 2014, eram 224 leitos de UTI, isto é, dez vezes mais do quanto recebeu.

“Deixamos também 86 leitos completos de UTI para serem instalados nos hospitais macrorregionais, além de 55 de curta duração nas salas vermelhas das UPAs.

Roseana, ainda como reação às declarações de Dino, faz as seguintes questões:

  • Por que o governador Flávio Dino destruiu a rede de hospitais construídos no interior, e após seis anos no governo não construiu um sistema de saúde que atendesse a população?
  • Por que o governador Flávio Dino, mesmo sabendo das consequências mortais dessa pandemia, não providenciou um mínimo de estrutura sanitária para diminuir os impactos sobre a população?

Segunda ela, “passados pouco mais de dois meses do início da pandemia do coronavírus, já são mais de 12 mil casos confirmados e mais de 550 mortos”. Na verdadem são quase 600 óbitos.

Roseana manifesta preocupação com o que ainda está por vir: “Para piorar ainda mais esse quadro de horror, agora o vírus se espalha pelas cidades do interior a uma velocidade impressionante, sem que elas possam prestar um mínimo de assistência hospitalar aos que mais precisam”.

2 COMENTÁRIOS

  1. Não tenho dúvidas que o Flávio Dino destruiu a saúde pública do Maranhão. Verdade seja dita, era ótima antes da destruição pelo Governador Flávio Dino? Não, não era mas era muito melhor nos governos da Roseana Sarney. É a verdade nua e crua.

    Em outras áreas também era melhor nos governos da Roseana Sarney mas como a matéria trata da saúde pública paro por aqui

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