
Estabelecimentos comerciais só podem funcionar a partir das 09h
AQUILES EMIR
O primeiro dia de novas normas sobre funcionamento do comércio e das repartições públicas em São Luís, S]ao José de Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar, nesta sexta-feira (05), foi marcado ruas vazias nas primeiras horas da manhã, o que, infelizmente, não se verificou no transporte coletivo, que é o alvo principal da medida. Um balanço deverá ser apresentado até o final desta tarde.
As aglomerações em paradas, terminais de integração e no interior dos ônibus se intensificaram mais ainda a partir das 08h30, já que pela decisão do Governo do Estado, a maioria das lojas deve abrir somente a partir das 09h e funcionar no máximo até às 21h.
Baixado na quarta-feira, o decreto foi modificado às vésperas de sua vigência, pois não contemplou os segmentos considerados não essenciais, como supermercados, farmácias, postos de combustíveis e outros.

De acordo com as justificativas do governador Flávio Dino, o retardo no início do expediente comercial vai desafogar o transporte coletivo, já que as pessoas que trabalham ou vão ao comércio fazer compras não precisariam sair de casa junto com servidores públicos, autônomos etc. Apesar das normas, alguns estabelecimentos dos ramos de confecção, material eletrônico, peças automotivas e outros, abriram antes da hora marcada.

O problema é que junto com as medidas do comércio vieram as suspensões dos serviços públicos em órgãos estaduais e municipais na Ilha de São Luís, e com isto houve apenas a mudança de horário de aglomeração, já que apenas as empresas privadas estão operando e todos os comerciários (de comércio de ruas e de shopping centers, que abrem às 10h) passaram a ir no mesmo horário dos clientes e demais passageiros.
O governador chegou a anunciar que iria determinar o aumento da frota dos ônibus que fazem o transporte intermunicipal, mas até estes estavam lotados.
As normas devem vigorar até o próximo fim de semana e a expectativa é que isto contribua para descongestionar os hospitais, públicos e privados, que estão à beira de um colapso.