Rui Costa e Bolsonaro trocam acusações sobre a morte de ex-capitão Adriano Nóbrega

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Governador da Bahia diz que não tem relação com milicianos e que a polícia trabalha para prendê-los, mas se houver reação se defende (Secom/Bahia)
AQUILES EMIR
O governador da Bahia, Rui Costa, usou as redes sociais para responder a uma insinuação do presidente Jair Bolsonaro sobre a morte do miliciano Adriano Nóbrega, assassinado domingo (09) no município de Esplanada (BA) pela polícia militar. O presidente também voltou a atacar o governo da Bahia como interessado na morte do ex-policial;
Pela manhã, no Rio de Janeiro (RJ), o presidente, ao ser questionado sobre a morte do miliciano, lembrou que ele foi executado pela polícia PT, numa menção ao fato do governador da Bahia ser filiado ao partido. Bolsonaro disse ainda que seu filho Flávio, senador da República, condecorou Adriano quando ele era um herói dentro da PM do Rio e que até sua morte não houve condenação em transitado e julgado contra ele.
Diante da insinuação, o governador Rui Costa se defendeu. “O Governo do Estado da Bahia não mantém laços de amizade nem presta homenagens a bandidos nem procurados pela Justiça. A Bahia luta contra e não vai tolerar nunca milícias nem bandidagem. Na Bahia, trabalhamos duro para prevalecer a Lei e o Estado de Direito”, disse ele em sua conta no Twiter.
Antes, ele havia justificado a execução de Adriano, dizendo que sua polícia tem o direito de matar para preservar as vidas dos soldados:
Rui Costa
Na Bahia, a determinação é cumprir ordem judicial e prender criminosos com vida. Mas se estes atiram contra Pais e Mães de família q representam a sociedade, os mesmos têm o direito de salvar suas próprias vidas, mesmo q os MARGINAIS mantenham laços de amizade com a Presidência.
Reação de Bolsonaro – Reagindo à provocação do governador, o presidente disse que o governador da Bahia é aliado de condenados pela Lava Jata e voltou a questionar quem matou o ex-prefeito de Santo André Celso Daniel. Segundo Bolsonaro, “a execução do ex-Cap Adriano não pode deixar de ser esclarecida, a exemplo do caso Celso Daniel, onde ao PT não interessa a verdade”.
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