São Luís é a capital brasileira com quinto maior percentual do país de domicílios em aglomerados

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IBGE divulga mapeamento de Aglomerados Subnormais para auxiliar no enfrentamento da pandemia de coronavirus

O bairro do Coroadinho, em São Luis, com 14.243 domicílios, é considerado um dos aglomerados subnormais com maior número de residências do Brasil, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (19) pelo Instituto Brasileiros de Geografia e Estatística (IBGE). A Rocinha, no Rio de Janeiro, é o maior aglomerado do país, com 25.742 habitações em condições subnormais.

Entre os estados brasileiros, o Maranhão possuía, ano passado, a 10ª maior proporção (7,85%) de domicílios em aglomerados subnormais, totalizando 144.625 em todo o estado. Amazonas (34,59%) tinha a maior proporção do país, enquanto a menor proporção era no Mato Grosso do Sul (0,74%).

Já entre as capitais brasileiras, o levantamento mostrou que São Luís apresentava a quinta maior proporção de domicílios em aglomerados, com 32,42% das habitações da cidade nestas condições, estando atrás de Belém (PA), com 55,49%; Manaus (AM), com 53,38%; Salvador (BA), com 41,83%; e Vitória (ES), com 33,16%.

No Maranhão, foram identificados 221 Aglomerados Subnormais, localizados em 18 municípios (8,3% dos municípios do estado). São Luís registrou a maior quantidade de aglomerados subnormais do estado (95), seguida pelo município de São José de Ribamar (39) e pelo município de Paço do Lumiar (32).

Quanto ao percentual de habitações localizadas em aglomerados subnormais em relação ao total de domicílios do município, a cidade de Raposa teve a maior proporção – 37,35% dos domicílios (totalizando 2.636 domicílios) encontravam-se em aglomerados. São Luís apresentou o segundo maior percentual (32,42%, totalizando 101.030 domicílios) e São José de Ribamar o terceiro (32,25%, totalizando 22.544 domicílios).

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Brasil – O levantamento, segundo o IBGE, fornece informações de saúde para o enfrentamento à Covid-19. A pesquisa apresenta o mapeamento e a estimativa de domicílios ocupados nos aglomerados subnormais, bem como as distâncias entre as comunidades e unidades de saúde.

As informações, produzidas para o próximo Censo Demográfico, adiado para 2021 em função da pandemia, foram cruzadas com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, do Ministério da Saúde. A divulgação do mapeamento dos Aglomerados Subnormais, que é preliminar, foi antecipada com o objetivo de fornecer à sociedade informações para o enfrentamento da pandemia. Os resultados definitivos só poderão ser disponibilizados quando da divulgação dos resultados finais do Censo Demográfico 2021.

Os Aglomerados Subnormais, também conhecidos como favela, invasão, grota, baixada, comunidade, mocambo, palafita, loteamento, entre outros, são formas de ocupação irregular de terrenos públicos ou privados em áreas urbanas e, em geral, caracterizados por um padrão urbanístico irregular, carência de serviços públicos essenciais e localização em áreas que apresentam restrições à ocupação.

As populações dessas comunidades vivem sob condições socioeconômicas, de saneamento e de moradias precárias. Comumente, os Aglomerados Subnormais apresentam grande densidade habitacional, o que dificulta o isolamento social e pode facilitar a disseminação da Covid-19.

De acordo com a estimativa, em 2019, no Brasil, havia 5.127.747 milhões de domicílios ocupados em 13.151 mil aglomerados subnormais. Essas comunidades estavam localizadas em 734 municípios, em todos os estados do país, incluindo o Distrito Federal.

(Fonte IBGE e imagens da Agência São Luís)

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