Sarkozy diz estar disposto a processar França para provar inocência

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Ex-presidente foi considerado culpado de corrupção pela Justiça

O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, de 66 anos. disse nessa terça-feira (02) que está disposto a ir ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos para provar sua inocência, em sua primeira reação pública após ser considerado culpado de corrupção por juízes na segunda-feira.“Recorri da decisão, talvez tenha de levar esta luta até o Tribunal Europeu de Direitos Humanos”, afirmou Sarkozy ao jornal Le Figaro.

“Seria doloroso para mim ter que consequir que meu próprio país seja condenado, mas estou disposto a isso porque esse seria o preço da democracia”, disse ele, acrescentando que não vai se candidatar à Presidência em 2022, mas apoiará um candidato no tempo devido.

De acordo com a denúncia, Sarkozy e seu advogado Thierry Herzog teriam um pacto para troca de informações privilegiadas com o ex-juiz Gilbert Azibert. Em troca, o político teria prometido ajudar o magistrado a conseguir um cargo no Conselho de Estado de Mônaco. Os três envolvidos tiveram a mesma sentença.

O ex-presidente alegou que Azibert nunca teria obtido o cargo, mas a simples promessa já configura crime de corrupção na lei francesa. Na sentença desta segunda, o juiz ressaltou que Sarkozy tinha consciência do ato ilegal e que suas ações teriam passado uma imagem ruim do sistema de Justiça do país.

As informações negociadas seriam referentes ao “caso Bettencourt”. Sarkozy havia sido acusado de ter se aproveitado da sanidade mental da empresária bilionária Liliane Bettencourt, herdeira do grupo de cosméticos L’Oréal, para conseguir doações acima do teto legal que financiassem sua campanha presidencial em 2007.

Apesar da condenação, o Tribunal Correcional de Paris decidiu que dois dos três anos estão isentos de cumprimento. O terceiro ainda pode ser convertido em prisão domiciliar ou vigilância com uso de tornozeleira eletrônica. Sarkozy tem dez dias para recorrer da sentença.

(Da Agência Brasil, com informações da Reuters e Conjur)

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