Se eleito, Lahésio não será o primeiro forasteiro a governar o Maranhão: antes dele, Cafeteira

362

CONVERSA FRANCA

Governador de outro estado

Um dos argumentos usados por adversários de Lahésio Bonfim – via blogueiros, jornalistas, colunistas, influencers etc – para questionar sua legitimidade para concorrer ao cargo de governador do Maranhão é o fato de não ser maranhense, já que é natural de Marcos Parente, cidade do vizinho estado Piauí.

Trata-se de um preconceito, de uma discussão boba, pois não seria ele o primeiro a ser recepcionado pelo eleitorado maranhense para ocupar o cargo.

Epitácio Cafeteira - Zeca Soares
O paraibano Epitácio Cafeteira foi governador do Maranhão de 1987 a 1990

Em 1986, o governador eleito no Maranhão, Epitácio Cafeteira, era natural de João Pessoa (PB). Ele ocupou o Palácio dos Leões de 1987 a 1990, e antes deste cargo, foi prefeito de São Luís, deputado federal e depois senador da República em duas oportunidades.

Assim como Cafeteira, Lahésio foi bem recebido pelo povo do Maranhão, primeiro como médico e depois como prefeito de São Pedro dos Crentes. Pelo trabalho ali realizado como gestor público, se viabilizou para governar o estado.

Mais do que que cobrar um candidato por não ser do Maranhão, a pergunta que deve ser feita é o que os maranhenses que já tiveram a oportunidade de governar o estado fizeram pelo seu povo.

Lá como cá

O mesmo preconceito contra Lahésio por não ser maranhense vem sendo exercido por políticos paulistas que se sentem ameaçados com a possibilidade de um forasteiros, Tarcísio de Freitas, vir a ser o próximo governador de São Paulo.

Lá como cá, houve um político que, mesmo sendo de fora, fazia muito sucesso no estado: Jânio Quadros, que chegou a ser prefeito da capital.

Tarcísio reage dizendo que vai ser preciso alguém de fora para corrigir os erros de São Paulo. Será que vai ser preciso um forasteiro também para pôr ordem no Maranhão?

PERGUNTAR NÃO OFENDE

Os deputados estaduais que estão em campanha já orientaram seus correligionários a não soltarem foguetes em seus comícios, caminhadas e carreatas, já que eles mesmos aprovaram e promulgaram a lei que proíbe esse tipo de fogo de artifício no Maranhão?

Formatura sem queima de fogos

Promulgada na última quarta-feira (17), a lei que disciplina o uso de fogos de artifícios no Maranhão, pela qual fica proibido soltar em diversas áreas foguetes que possam provocar incômodos a animais de estimação e pessoas, pode inviabilizar uma das mais tradicionais festas em estabelecimentos de ensino: as formaturas do Ceuma.

Quem reside nas proximidades de um dos campis desta instituição de ensino superior deve estar acostumado às barulhentas queimas de fogos nas festas de entrega de diplomas.

Saiba o diz o texto da lei, que é de autoria do deputado Neto Evangelista:

“A queima não será permitida em portas, janelas e terraços de edifícios; em área de proteção ambiental e nas proximidades de jardins, matas e ginásios desportivos; em distância inferior a 500 metros de hospitais, casa de saúde, templos religiosos, escolas, asilos e postos de gasolina”.

1 COMENTÁRIO

  1. Esqueceu do grande líder político que o Maranhão teve dos anos 50/60….
    Vitorino Freire foi um “forasteiro” pernambucano, que chegou ao cúmulo de eleger Assis Chateaubriand senador pelo nosso estado , sem o candidato nunca ter vindo fazer campanha em solo maranhense.
    Tal como lá, hoje cá, o voto de cabresto ainda predomina nestas terras tupiniquins.
    Dura realidade para quem pensa!!!!!!

DEIXE UMA RESPOSTA

Digite seu comentário!
Digite seu nome aqui