
O secretário de Saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo, é um dos alvos da Operação Falso Negativa, deflagrada nesta terça-feira (25) pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), suspeito de praticar irregularidades na compra de testes para a detecção da covid-19. Ele foi preso, mas os policiais cumprem também outros mandados de prisão.
A informação foi confirmada pelo MPDFT, que aguarda o levantamento do sigilo para se manifestar sobre o caso. A expectativa é de que, ainda hoje, haja uma coletiva de imprensa na qual detalhes da operação serão apresentados.
Segundo o jornal Correio Braziliense, “trata-se de uma ação envolvendo vários estados, em parceria com Ministérios Públicos de outras unidades da federação, para apurar fraude na compra de testes para covid-19”.
No Distrito Federal, há vários alvos na área da saúde. A operação está na rua com outros alvos:
- Ricardo Tavares Mendes – ex-secretário adjunto de Assistência à Saúde
- Eduardo Hage Carmo – Subsecretário de Vigilância à Saúde
- Eduardo Seara Machado Pojo do Rego – Secretário-adjunto de Gestão em Saúde
- Ramon Santana Lopes Azevedo – Assessor especial da Secretaria de Saúde
- Jorge Antônio Chamon Júnior – Diretor do Laboratório Central do DF (Lacen)
As investigações apontam que o superfaturamento na aquisição dos insumos soma prejuízo superior a R$ 18 milhões aos cofres da saúde do DF.
Além disso, segundo o Ministério Público do Distrito Federal, há fortes evidências de que as marcas dos produtos adquiridos seriam imprestáveis para a detecção eficiente da Covid-19 ou seriam de baixa qualidade nessa detecção.
Primeira fase – A primeira fase da “Falso Negativo” ocorreu em julho e cumpriu 74 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em sete estados da União (SP, ES, RJ, BA, GO, SC, PR). Os mandados foram deferidos pela Justiça Criminal de Brasília e decorrem de uma investigação iniciada no Gaeco/MPDFT.
O MPDFT salienta que o Gaeco não fez apreensão de testes para detecção da Covid-19. Todo trabalho realizado até o momento está restrito à esfera de atuação do Ministério Público, no sentido de assegurar a correta utilização dos recursos públicos, sendo que não é atribuição da Instituição tomar decisões acerca do uso ou compra dos testes rápidos.
