
Rio de Janeiro é palco da cúpula do G20 deste ano
Ao podcast Jabuticaba Sem Caroço, da Sputnik Brasil, subsecretário adjunto de Relações Internacionais do estado do Rio de Janeiro diz que sediar o G20 e, posteriormente, eventos do BRICS e a COP30 em 2025 contribui para ampliar as fontes de investimentos do Brasil para além da América do Norte e Europa.
A cidade do Rio de Janeiro é palco da cúpula do G20 deste ano. O evento está marcado para os dias 18 e 19 de novembro, mas o pontapé inicial já foi dado há meses, com reuniões técnicas, a portas fechadas, entre ministros.
Embora não apareçam para o grande público, essas reuniões já trazem um grande ganho tanto para a cidade como para o Brasil, conforme aponta ao podcast Jabuticaba Sem Caroço, da Sputnik Brasil, o subsecretário adjunto de Relações Internacionais do governo do estado do Rio de Janeiro, Bruno Costa, que afirma que o Rio de Janeiro é “a porta de entrada do Brasil e a cidade internacional por excelência” da América do Sul e Latina.

“Recebemos vários eventos de destaque internacional ao longo do tempo, […] Eco-92, Rio+20, Copa do Mundo, Olimpíada…”, afirma.
Ele acrescenta que a organização do evento somada à boa recepção faz com que os participantes levem uma boa imagem do Brasil para o exterior.
“Se essa exposição não fosse importante, grandes empresas do mundo que já estão consolidadas há décadas não investiriam em propaganda. E elas continuam investindo. Você vê anúncio de várias empresas gigantescas mundiais que teoricamente não precisariam [de propaganda], mas [investem, dada] a importância de você manter o seu nome em exposição, a sua imagem, sua marca.”
Costa destaca que o Brasil tem outros dois eventos na mira para 2025: a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) e a Cúpula do BRICS, uma vez que o país assume a presidência do grupo no próximo ano.
Segundo ele, a junção dos dois eventos em um único ano é benéfica sobretudo para a presidência do Brasil no BRICS, pois junta uma das principais metas do governo brasileiro, que é liderar o debate em torno da sustentabilidade e da transição energética, com o debate com grandes produtores de petróleo que hoje integram o grupo.

“Temos Rússia, temos Brasil… Hoje, com o BRICS alargado, temos Emirados Árabes Unidos, temos Irã, temos Arábia Saudita, enfim, grandes produtores dessa questão de sustentabilidade de petróleo e gás, e ao mesmo tempo a COP30. Então eu acho que o Brasil pode exercer um papel justamente de indutor dessa questão climática, ambiental, para esses países, principalmente no investimento de energias renováveis para a questão da transição energética.”
“Se você pega o mapa-múndi, o Brasil está no cantinho inferior ali, esquerdo […]. Então a gente fica, às vezes, muito [focado em] América do Norte e Europa, concentrado, e essa nova fronteira que existe, de negócios, de novas possibilidades, serve um pouco para começar a despertar uma curiosidade, um conhecimento em pessoas que no futuro podem ter uma aproximação e fomentar essa relação com esses países”, afirma.
(Sputnik Brasil)