Sem acordo para suspensão da greve de ônibus, desembargadora manda prender sindicalistas

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Transporte alternativo é usada para locomoção diante da paralisação de motoristas de São Luís

Ônibus ainda estão sem circular em São Luís

Após três horas de audiência na Justiça do Trabalho, empresários e trabalhadores do setor de transportes não chegaram a um consenso e foi frustrada a tentativa de suspensão da greve iniciada na última quinta-feira (16). Diante da situação, a desembargadora Solange Cristina Passos de Castro, determinou a prisão de 15 dirigentes do Sindicato dos Rodoviários.

Na audiência, a desembargadora disse que a Justiça do Trabalho no estado não tolerará mais a paralisação no transporte coletivo que vem lesando a sociedade de uma forma cruel.

“Não podemos mais aceitar que a população seja prejudicada”, afirmou. A desembargadora afirmou que a paralisação 100% da frota é ilegal e inaceitável, pois se trata de um serviço essencial e a legislação sobre a greve é bem clara quando estabelece um percentual mínimo para ser mantido em caso de paralisação.

Segundo ela, a decisão da Justiça do Trabalho será no sentido de garantir o restabelecimento dos serviços e pôr fim ao sacrifício imposto à população de São Luís e de toda a Região Metropolitana que utiliza o sistema de transporte coletivo.

A desembargadora observou que além da arbitrariedade da paralisação existe a inércia do Município de São Luís, órgão cedente dos serviços de transportes coletivos, e do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET), que são obrigados pela lei de greve a atuar no sentido de garantir a atividade essencial.

Além dos representantes dos sindicatos dos rodoviários e patronal e respectivos advogados, participaram ainda da audiência, o procurador do trabalho Roberto Moreira; representantes da Procuradoria Geral do Município e da Secretaria do Governo de São Luís; e da Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB).

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