Sindvest foi responsável por confecção de farda da PM
O Sindicato das Indústrias de Malharia e de Confecções de Roupas em Geral do Estado do Maranhão (Sindvest) está sendo objeto de estudo do pesquisador e historiador Rafael Costa, da Universidade de São Paulo (USP). Ele investiga a organização do empresariado industrial através da estrutura de representação sindical (sindicatos de base, federações e CNI) para legítima defesa de seus interesses.
A presidente do Sindvest, Ana Rute Mendonça, foi entrevistada pelo pesquisador, que abordou acontecimentos, mais especificamente, diante dos desafios impostos pela conjuntura da última década para a indústria.
Ela falou das experiências de sucesso do sindicado, do acesso a novos mercados, missões empresariais, ações de capacitação, eventos e articulações com entidades. Ela recordou ainda as lutas pelo segmento de vestuário, que iniciou em 2000, quando foi convidada pelo então presidente do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Maranhão (Sebrae-MA), Zeca Belo, para presidir a Cooperativa do Vestuário do Maranhão (Coopvesma), onde permaneceu por seis anos.
Uma das conquistas da cooperativa foi a confecção, em 2004, do fardamento da Polícia Militar do Maranhão, sendo o primeiro feito pelo grupo de empresárias da costura. “Nessa época, havia uma só modelagem de fardamento para homens e mulheres na polícia. Nós desenvolvemos o primeiro fardamento com modelagem feminina para as policiais militares”, conta.
À frente do sindicato desde 2006, Ana Rute destaca que em 2009, com apoio da Federação das Indústrias (Fiema), sete empresas associadas abriram um consórcio e ganharam pregão presencial para produção de uniformes da Rede Pública Estadual de Ensino.
“Atualmente, 85% das nossas empresas filiadas confeccionam o fardamento no Maranhão e fico feliz em saber disso. Em todos os lugares aonde vou, confiro as etiquetas das peças de vestuário e pergunto onde foi feita a farda, e por incrível que pareça, todas são de empresas do sindicato”, comemora.
Ela avaliou que, na situação atual, as empresas do ramo têm mais trabalho e maior abertura no mercado, estão aparelhadas com equipamentos de excelência, participam mais de licitações e afirma que o sindicato conquistou o reconhecimento no Estado com a ajuda da Fiema.
“A nossa relação com a Fiema é muito boa. Recebemos o suporte em cursos de capacitação, em patrocínios para participarmos de eventos da área. Com isso, conseguimos levar os nossos empresários para as feiras, para conhecerem as novidades do mundo”, destaca Ana.
Um dos orgulhos de Ana Rute é ter entre os associados a empresa Lizzi, da proprietária Lisyane Santos, que atende 27 cidades na França, fornecendo roupas de alto padrão com bordados manuais. “Essa foi uma conquista que se deveu a uma viagem que fizemos à França, em 2017, com o patrocínio da FIEMA e do Sebrae”, ressalta.
Uma grande conquista do Sindvest é a realização do Maranhão Fashion Week. “Esse é um evento que acontece no mundo e cada estado tem um representante. Era um evento que todo mundo queria, quando olhávamos em visitas às feiras no país. Nós achávamos que não teríamos essa oportunidade, aqui. Quando foi em 2018, conseguimos trazer o evento. E vamos fazer agora, na Expo Indústria 2022, mais uma edição do Maranhão Fashion Week”, revela.