Taxa de desocupação tem seu primeiro recuo significativo desde o último trimestre de 2014

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A taxa de desocupação do segundo trimestre (abril a junho) de 2017 (13,0%) recuou 0,7 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre (janeiro a março), que foi de 13,7%, embora mantendo-se 1,7 ponto percentual acima da taxa do mesmo segundo trimestre móvel de 2016 (11,3%). Foi o primeiro recuo estatisticamente significativo dessa taxa desde o trimestre outubro / dezembro de 2014.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população desocupada (13,5 milhões de pessoas) recuou 4,9% (menos 690 mil desocupados) em relação ao trimestre móvel anterior, mas ficou 16,4% acima do contingente estimado no mesmo trimestre móvel de 2016. Foi a primeira redução da população desocupada desde o trimestre outubro / dezembro de 2014.

A população ocupada (90,2 milhões no trimestre) cresceu 1,4% (mais 1,3 milhão de pessoas) em relação ao trimestre janeiro-março de 2017, mas recuou 0,6% (menos 562 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre móvel de 2016. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 53,7%, com alta de 0,6 ponto percentual frente ao trimestre janeiro-março de 2017, (53,1%) e queda de -0,9 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre móvel de 2016.

O número de empregados com carteira de trabalho assinada (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 33,3 milhões de pessoas, mantendo-se estável frente ao trimestre anterior (janeiro a março de 2017) e recuando -3,2% em relação ao mesmo trimestre móvel de 2016 (- 1,1 milhão de pessoas com carteira assinada). O rendimento médio real habitual das pessoas ocupadas (R$ 2.104) ficou estável frente ao trimestre janeiro / março de 2017 (R$ 2.125) e, também, em relação ao mesmo trimestre de 2016 (R$ 2.043). A massa de rendimento real habitual das pessoas ocupadas (R$ 185,1 bilhões) ficou estável em ambas as comparações. Veja mais informações sobre a PNAD Contínua mensal aqui.

Taxa de Desocupação (%) – Brasil – 2012/2017

A força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) no trimestre de abril a junho de 2017 foi estimada em 103,7 milhões de pessoas. Esta população cresceu 0,6% (mais 599 mil pessoas) comparada ao trimestre janeiro / março de 2017 e cresceu 1,3% (mais 1,3 milhão de pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2016. Já a população fora da força de trabalho (64,4 milhões de pessoas) manteve-se estável em ambas as comparações.

O contingente de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada(exclusive trabalhadores domésticos), estimado em 33,3 milhões de pessoas, ficou estável frente ao trimestre anterior (janeiro a março de 2017). No confronto com o trimestre de abril a junho de 2016 houve queda de 3,2% (menos 1,1 milhão de pessoas).

O número de empregados sem carteira de trabalho assinada (10,6 milhões de pessoas) cresceu 4,3% no trimestre (mais 442 mil pessoas) e subiu 5,4% (mais 540 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2016.

O número de trabalhadores por conta própria (22,5 milhões de pessoas) cresceu 1,8% na comparação com o trimestre anterior (mais 396 mil pessoas) e recuou 1,8% em relação a 2016 (menos 415 mil pessoas).

O número de empregadores (4,2 milhões de pessoas) ficou estável frente ao trimestre imediatamente anterior e cresceu 13,1% (mais 484 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2016. Já entre os trabalhadores domésticos (6,1 milhões de pessoas) a ocupação ficou estável em ambos os trimestres comparativos.

Considerando-se os ocupados nos grupamentos de atividade em relação ao trimestre de janeiro a março de 2017, houve aumento nas categorias: Indústria Geral (3,3% ou mais 375 mil pessoas), Transporte, Armazenagem e Correio (2,9%, ou mais 131 mil pessoas), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,2% ou mais 485 mil pessoas) e em Outros serviços (5,6% ou mais 238 mil pessoas). Os demais grupamentos ficaram estáveis.

Em relação ao mesmo trimestre de 2016, houve reduções nos grupamentos da Construção(-9,2% ou – 683 mil pessoas), e da Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura (-8,1% ou – 765 mil pessoas) e altas em Alojamento e Alimentação (12,9% ou mais 579 mil pessoas) e em Outros serviços (7,8% ou mais 323 mil pessoas). Nos demais grupamentos não ocorreram variações significativas.

O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi estimado em R$ 2.104 no trimestre de abril a junho de 2017, mostrando estabilidade tanto frente ao trimestre de janeiro / março de 2017 (R$ 2.125) quanto em relação ao mesmo trimestre de 2016 (R$ 2.043).

Houve estabilidade em todas as categorias de ocupação na comparação com o trimestre janeiro-março de 2017. Já em relação ao mesmo trimestre de 2016, o rendimento médio real habitual cresceu apenas para os Empregados no setor privado com carteira assinada(3,6%), permanecendo estável para as demais categorias de posição na ocupação.

Em relação ao mesmo trimestre de 2016, o rendimento médio real habitual ficou estável em todos os grupamentos de atividade, exceto no da Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, que teve alta de 13,6%. Na comparação com o trimestre janeiro-março de 2017, houve estabilidade em todos os grupamentos de atividade.

A massa de rendimento real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi estimada em R$ 185,1 bilhões para o trimestre abril / junho de 2017 e ficou estável em ambas as comparações.

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