Tenente-coronel que seria autor do comunicado para monitorar políticos será ouvido nesta quinta

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Informação é do secretário da Segurança, Jefferson Portela

O tenente-coronel Emerson Costa, sub-comandante do Policiamento do Interior (CPI) da Polícia Militar do Maranhão, deverá prestar depoimento nesta quinta-feira (26) à sindicância que investiga a expedição de uma circular que pedia às unidades da PMMA no interior do Estado informações sobre adversários políticos de prefeitos e do Governo do Estado que pudessem criar embaraços no pleito eleitoral. A ele é atribuída a autoria dessa solicitação, sem conhecimento do Comando Geral da corporação.

A informação foi dada pelo secretário da Segurança Pública, Jefferson Portela, e o comandante da PM, Jorge Luongo, em entrevista coletiva concedida na manhã desta quarta-feira (25). Segundo Portela, a sindicância aberta para apurar o “documento ilegal” vai apontar nominalmente os responsáveis pelo ato, “sejam eles quantos forem”. Ele acrescentou ainda que o documento, emitido sem o conhecimento do comando da Polícia Militar, não produziu nenhum efeito.

Segundo o secretário todos os militares que receberam o comunidade já foram ouvidos, mas ele não soube precisar quantos.

Ainda de acordo com o secretário, “não cabe a comando inferior editar comandamento geral sem conhecimento do Comando da PM. Temos os nossos regramentos que nos impõem um modo de agir”. Ele garante que as responsabilidades serão apuradas de modo individualizado e nominal, para que o caso não fique sem a devida punição.

Sindicância – O prazo para conclusão da é de 30 dias, mas o secretário afirmou que pediu maior brevidade na medida do possível, sem prejuízo das investigações.

O comandante geral da Polícia Militar, coronel Jorge Luongo, afirmou que a sindicância vai identificar os responsáveis pelo documento, de onde ele partiu e por que ele foi emitido.  “Foi um ato ilegal tomado à revelia do Comando da instituição. A investigação chegará com certeza às pessoas que participaram desse ato”, disse.

Tanto Portella quanto Luongo esclareceram que o documento ilegal não produziu efeitos. O ato, com a data do dia 6 de abril deste ano, só começou a circular no dia 9, com a determinação para que as informações fossem prestadas até o dia 10. Logo, não houve tempo para que pudesse ter sido produzido qualquer efeito.

Um outro documento, do dia 19 de abril, foi anulado prontamente no mesmo dia, quando o caso chegou ao conhecimento do comando da PM. Ou seja, ambos os papéis ilegais de nada valeram.  “De imediato, o coronel Luongo soltou nota oficial ainda no dia 19 declarando que era um documento ilegal e que, portanto, não era aceito pelo comando da PM, no mesmo dia 19”, contou Portela.

(Com dados da Secap)

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