Tribunal de Justiça recorre a robô para etiquetar processos armazenados em ambiente virtual

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Ferramenta de automação já é utilizada em fase piloto

O Tribunal de Justiça do Maranhão está dando um grande salto tecnológico para digitalização de documentos físicos  com o advento do Processo Judicial Eletrônico (PJE 2.0), que digitalizou e migrou para uma plataforma virtual processos ainda impressos. O passo seguinte foi “etiquetar” os processos eletrônicos nas antigas caixas, agora em um ambiente virtual.

A solução desse problema foi desenvolvida pelo Laboratório de Inovação do Tribunal de Justiça do Maranhão, o Toada Lab, que lançou o Robô Triador, com triagem temática (que está em sua versão piloto), que analisa e etiqueta um processo a cada 30 segundos. O projeto é conduzido pelo juiz Ferdinando Serejo, e já foi implementado na Assessoria Jurídica da Presidência e na 1ª Turma Recursal de São Luís.

Como funciona – O robô executa trabalhos rotineiros antes feitos de forma manual. Ele atua com a  função de agilizar a etiquetagem por tema de um processo, encontrando por meio de palavras-chave escolhidas.

Para isso, existe um arquivo do tipo texto, em que as palavras-chave são adicionadas. “O robô acessa o arquivo em questão, fazendo uma análise entre as palavras chaves desse arquivo e os documentos do processo que ele pode vir a etiquetar. O Robô já garantiu excelentes resultados”, garante o juiz Ferdinando Serejo.

Case de sucesso – Desde a sua implantação, o robô já traz satisfação para seus usuários iniciais. Pode-se citar, como exemplo, a experiência do gabinete do juiz Ernesto Guimarães Alves da 1ª Turma Recursal de São Luís, que julga os recursos das sentenças proferidas nos Juizados Especiais.

A equipe do gabinete do magistrado contou que a vivência com o robô tem sido essencial para a otimização do tempo, já que a triagem antes era feita manualmente, garantindo assim, a celeridade processual.

Além disso, a equipe pôde perceber que o robô não exige dos usuários que operam uma formação de automação para ser usado, visto que após a instalação o seu funcionamento é simples, possibilitando o acesso a todos.

O Robô, apelidado de Triador, trabalha lendo os recursos e atribuindo aos respectivos processos as etiquetas representativas, no gabinete em questão, de sete grandes temas, dentre eles: telefonia, energia elétrica e fazenda pública.

Conforme a assessora do juiz Ernesto Alves, Letícia Nunes, “o gabinete do 2ª cargo da 1ª Turma Recursal está muito satisfeito com o robô. Ele foi aprovado nos testes, pois ele etiquetou e verificamos se aquelas etiquetas correspondiam à realidade do processo”, comentou. Ela ainda acrescenta que “as etiquetas são corretas e o robô faz a filtragem de uma forma eficiente, de uma forma exata, desde que todos alimentem as etiquetas da forma adequada”.

Além disso, pôde-se observar que o robô pode auxiliar os magistrados e magistradas na questão dos impedimentos e suspensões (quando ocorre de parentes ou pessoas conhecidas do magistrado/a atuarem nos processos, impossibilitando a sua atuação). Desta forma, quando etiquetado adequadamente, o robô já evidencia os processos que precisam ser redistribuídos, otimizando tempo e trabalho.

Essa iniciativa é apenas o início de um trabalho que garanta maior eficiência nas atividades executadas dentro do Tribunal de Justiça do Maranhão. A ideia é que, cada vez mais, o Laboratório de Inovação esteja em busca de alternativas de inovação que otimizem a qualidade dos serviços do Judiciário maranhense.

Quer conhecer mais sobre o Toada Lab? Acesse a página do Toada Lab no Portal do Judiciário (www.tjma.jus.br/hotsite/toadalab) ou entre em contato pelo telefone (98) 31945822 ou whatsapp (98) 98401-1051.

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