O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, insistirá na necessidade de uma reforma nas Nações Unidas quando estiver na Assembleia Geral da organização, que terá início nesta semana em Nova York, segundo informou neste domingo o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, H.R. McMaster. As informações são da Agência EFE.
“Será parte da mensagem [de Trump] que as Nações Unidas precisam ser reformadas. O presidente vai dizer que a ONU não pode ser eficaz se não reformar sua burocracia e a menos que conceda um maior grau de responsabilidade aos Estados-membros”, adiantou McMaster.
Trump, que criticou a organização e a chamou de “um clube para que as pessoas se reúnam, conversem e se divertam”, irá pela primeira vez à Assembleia Geral na próxima terça-feira (19).
O discurso do presidente norte-americano ocorrerá em um momento em que a ONU lida com a ameaça nuclear da Coreia do Norte, o que levou a um raro voto unânime do Conselho de Segurança em agosto para emitir novas sanções contra o país.
Sobre este assunto, McMaster indicou que não se pode brincar com a ameaça norte-coreana, minutos após o próprio presidente se manifestar sobre o assunto pelo Twitter, como de costume.
“Falei com o presidente Moon Jae-in, da Coreia do Sul, ontem à noite e o perguntei como estava o Homem-Míssil [em alusão a Kim Jong-un]”, escreveu o republicano na rede social.
Em entrevista a um programa de televisão, McMaster disse que a Coreia do Norte está perto de ameaçar os Estados Unidos com uma arma nuclear.
“Realmente temos que agir com muita urgência, em matéria de sanções, em diplomacia e na preparação, se necessário, de uma opção militar”, apontou.
A embaixadora dos Estados Unidos perante as Nações Unidas, Nikki Haley, assegurou hoje (17) que a presença do governante norte-americano na Assembleia Geral significará “um novo dia para a ONU”.
“Acredito que os pedidos feitos [por Trump] em termos de tentar ver uma mudança nas Nações Unidas foram ouvidas. O que vocês veem agora é que o tema de Israel tem sido mais equilibrado, uma ONU orientada à ação, aprovamos duas resoluções sobre a Coreia do Norte no último mês. Está avançando para a reforma, disse Haley.
Trump criticou duramente o organismo durante a campanha eleitoral, ao alegar que a ONU havia expressado posições anti-israelenses e que não tinha tomado medidas em muitos assuntos de cunho internacional, assim como o fato de que era muito dependente do financiamento americano.
Segundo a conselheira do presidente americano, Kellyanne Conway, Trump “promoverá a paz, promoverá a prosperidade e promoverá a soberania e a prestação de contas”.
Conway destacou que a Assembleia Geral da ONU representará uma oportunidade para Trump apresentar a sua postura dos “Estados Unidos em primeiro lugar” a um organismo global.
“Reafirmará a liderança global dos Estados Unidos. Não é um presidente que se desculpe pelos Estados Unidos, é um presidente que reafirmará a posição dos Estados Unidos no mundo”, disse a conselheira presidencial.
(Agência EFE)